Noruega reforça controle policial em fronteiras por onda de refugiados
Copenhague, 22 set (EFE).- As autoridades norueguesas informaram nesta terça-feira que reforçarão os controles policiais nas fronteiras devido à onda de refugiados registrada nos últimos meses.
O objetivo é ter melhor perspectiva e controle sobre quem chega ao país, conforme explicou em comunicado o Ministério da Justiça, que destacou que a polícia determinará detalhes como local, tipo, dimensão e duração dessas medidas.
A Noruega não faz parte da União Europeia, mas integra o acordo do espaço Schengen de livre circulação.
“Em uma situação de aumento da chegada de refugiados é importante que as autoridades norueguesas esclareçam o mais rápido possível a identidade e o histórico dos que chegam ao país para impedir, entre outras coisas, a imigração ilegal e combater a criminalidade”, declarou o ministro do Interior, Anders Anundsen.
Anundsen ressaltou que as medidas não se tratam de restaurar os controles sistemáticos nas fronteiras e nem limitar o direito de asilo às pessoas que fogem de conflitos.
Segundo números oficiais, a Noruega recebeu 1.242 solicitações de asilo na semana passada, 452 a mais que a anterior.
Foi divulgado nesta terça-feira o número de refugiados na vizinha Dinamarca, que calcula ter recebido pelo menos 12,4 mil pessoas vindas da Alemanha entre 6 e 20 de setembro, apesar de apenas 1,5 mil terem pedido asilo. As autoridades estimam que o restante seguiu viagem para outros países da Escandinávia.
Desde que a Alemanha autorizou a livre passagem de refugiados em seu território, a Dinamarca registrou um aumento considerável do número de migrantes vindos de território alemão, o que levou as autoridades dinamarquesas a impedirem temporariamente a circulação de trens entre os países.
Com a recusa de muitos dos refugiados de pedir asilo na Dinamarca devido ao desejo de se estabelecer na Suécia e em outros países nórdicos, Copenhague decidiu permitir a passagem por seu território.
A Dinamarca, que desde a chegada do novo governo liberal ao poder cortou pela metade os recursos de ajuda aos refugiados, passou a ser um “país de passagem”, segundo ressaltou hoje o ministro da Justiça, Soren Pind. EFE
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