Nos EUA, Papa Francisco defende imigrantes, critica pena de morte e cita Martin Luther King
O primeiro discurso de um papa na história do Congresso dos Estados Unidos foi marcado por um forte tom político. Francisco não se intimidou com a maioria republicana e pediu agilidade para aprovar medidas que atenuem as mudanças climáticas.
O pontífice argentino também alfinetou parte dos republicanos que defende um maior controle nas fronteiras para evitar a imigração ilegal. O Papa Francisco foi claro: “milhões de pessoas vieram para essa terra para buscar o sonho deles e a liberdade. Nós, do continente americano, não temos medo dos estrangeiros porque muitos de nós fomos uma vez estrangeiros”.
Ele pediu ao Congresso que rejeite as atitudes de hostilidade em relação aos imigrantes e que reconheça a situação dessas famílias. O Papa foi bastante aplaudido quando lembrou do ativista negro Martin Luther King.
O santo padre recordou das marchas organizadas pelo pastor há mais de 50 anos e afirmou que se sente feliz em saber que os Estados Unidos, para muitas pessoas, continua sendo a terra dos sonhos.
O trecho mais polêmico do discurso de Francisco foi em relação à pena de morte. O papa diz estar convencido de que a abolição global deste tipo de punição é a melhor forma de preservar qualquer tipo de vida.
No último dia em Washington, o pontífice ainda almoçou com sem-tetos e depois seguiu para Nova York, onde rezou uma missa na catedral de St. Patrick.
Nesta sexta-feira, a agenda papal está cheia: desde um discurso na assembleia geral da ONU, passando por visitas ao Central Park e ao memorial do 11 de setembro e até uma grande missa no ginásio Madison Square Garden.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.