Nova greve causa atrasos e aglomerações no metrô de Londres
Londres, 6 ago (EFE).- A greve dos trabalhadores do metrô de Londres, a segunda em um mês, está provocando atrasos e aglomerações nesta quinta-feira nos serviços de trem e ônibus e mergulhou o sistema de transporte da capital britânica no caos.
Centenas de pessoas se aglomeram nas estações ferroviárias e pontos de ônibus para tentar chegar a seu destino na cidade, enquanto outros optam por circular em bicicleta, andar longas distâncias ou trabalhar de casa.
A ausência de serviço de metrô, utilizado diariamente por mais de três milhões de pessoas, causa também engarrafamentos no trânsito, especialmente no centro da capital.
Para fazer frente à greve, a prefeitura de Londres habilitou 250 ônibus adicionais e mais barcas no rio Tâmisa, e pôs nas ruas 600 pessoas para oferecer informação aos londrinos e aos turistas.
Os empregados do metrô protestam contra as condições oferecidas para o início, no próximo dia 12 de setembro, de um novo serviço noturno em várias linhas nos finais de semana.
Os grevistas, tanto condutores como o pessoal da plataforma de estação, se reuniram em piquetes em várias estações do metrô, que conta com mais de 400 quilômetros de vias e cuja primeira linha – a mais antiga do mundo – foi inaugurada em 1863.
Esta é a segunda greve do coletivo em um mês, após a paralisação ocorrida nos dias 8 e 9 de julho, que conseguiu a retomada das conversas entre a direção e os trabalhadores, mas sem que se tenha chegado a um acordo.
O prefeito de Londres, o conservador Boris Johnson, reiterou que não prevê mudar seus planos para implantar o serviço noturno, embora cogite adiá-lo, e afirmou que também não tem intenção de variar sua oferta para melhorar as condições dos trabalhadores.
Por sua vez, o líder do sindicato de transporte RMT, Mick Cash, declarou que “os londrinos devem estar conscientes que o plano do metrô noturno foi precipitado e defeituoso desde o princípio”. EFE
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