Novo ataque contra um comboio da ONU deixa 1 morto no Mali

Bamaco, 20 abr (EFE).- Um motorista de um caminhão que fazia parte de um comboio da missão da ONU no Mali (Minusma) morreu nesta segunda-feira no ataque de um grupo armado no norte do país, em um atentado quase similar ao ocorrido na sexta-feira passada na mesma região e que deixou dois mortos.

O caminhão transportava mantimentos para a Minusma e se encontrava na estrada entre Gao e Gossi quando foi atacado por volta de meio-dia por um grupo armado que interceptou o veículo, retirou o motorista e o abateu a sangue frio, antes de atear fogo no caminhão carregado de mercadorias.

Na sexta-feira, outro comboio que se encontrava a apenas 15 quilômetros de Gao também foi atacado por desconhecidos, que mataram dois dos motoristas.

A Minusma declarou que pretende revisar os protocolos de segurança de seus comboios de veículos perante a reiteração dos ataques.

Na quarta-feira passada aconteceu, além disso, um atentado suicida contra uma base da Minusma em Ansongo, também na região de Gao, no qual morreram três pessoas e 16 ficaram feridas.

No dia seguinte, o grupo jihadista Al Murabitun, liderado por Mokhtar Belmokhtar, reivindicou esse atentado e assegurou que estava dirigido aos capacetes azuis nigerinos pela participação de seu presidente, Mohammed Issoufou, na passeata que aconteceu na França em janeiro em solidariedade à revista “Charlie Hebdo”.

Atualmente há no Mali pouco mais de 10.300 membros da Minusma, de várias nacionalidades, além de três mil franceses dentro da chamada Operação Barkhane de estabilização dos países do Sahel.

A situação política no Mali é instável desde que em 2012 o Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA), junto a outros grupos jihadistas, tomou o controle do norte de país e o controlou durante cerca de dez meses até que foi teoricamente expulso graças a uma intervenção internacional liderada pela França em janeiro de 2013. EFE