Novo líder talibã afegão aceita lealdade do chefe da Al Qaeda

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2015 13h58

Cabul, 14 ago (EFE).- O novo líder dos talibãs, o mulá Mansur, aceitou nesta sexta-feira a lealdade do chefe da rede terrorista Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, que ontem se colocou a suas “ordens” em mensagem divulgada em meio às divergências no grupo afegão pela sucessão de seu falecido fundador, o mulá Omar.

“Perante todos, aceito a lealdade do chefe da Al Qaeda, o Dr.Ayman al-Zawahiri, que nos transmitiu sua fidelidade e a de seus mujahedins”, manifestou Mansur em sua segunda mensagem desde que assumiu o posto há duas semanas, divulgado pelo porta-voz talibã Zabihullah Mujahid.

O mulá garantiu, além disso, que a guerra dos talibãs contra as forças internacionais no Afeganistão está “em sua última fase da vitória” e agradeceu aos afegãos e muçulmanos o apoio no conflito.

“Estou orgulhoso de estar com vós em momentos em que a coalizão de infiéis sob a liderança dos americanos sofreu uma derrota na lutadora Afeganistão e suas forças derrotadas estiveram se retirando com vergonha”, afirmou Mansur.

Al-Zawahiri declarou ontem em um filme divulgado em fóruns jihadistas que a Al Qaeda “está às ordens do novo líder dos talibãs, da mesma forma que já fez então o xeque Osama (Bin Laden)”, em referência ao falecido dirigente da rede terrorista.

O mulá Omar governou o Afeganistão com mão de ferro entre 1996 e 2001, ano em que a invasão americana acabou com seu regime por dar cobertura a Bin Laden, cérebro do atentado contra as Torres Gêmeas de Nova York.

O governo do Afeganistão anunciou há duas semanas que Omar morreu em um hospital paquistanês em abril de 2013 e, dois dias depois, o grupo insurgente nomeou como novo líder Ajtar Mohammed Mansur, que em uma primeira mensagem fez uma chamada à unidade.

Sua nomeação provocou divisões internas entre os insurgentes e a rejeição do Conselho Supremo talibã, que anunciou uma nova escolha com a participação de diferentes setores.

A Otan pôs ponto final em 2014 a sua missão de combate no Afeganistão e a substituiu por uma operação de assistência e capacitação, enquanto os Estados Unidos mantêm desdobrados 9,8 mil militares até final de ano como parte de sua missão “antiterrorista” no país. EFE

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