Novo livro revela suposto passado de Cameron com drogas e libertinagem
Londres, 21 set (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, consumiu maconha e cocaína em sua juventude e participou de cerimônias sexuais com animais, segundo afirma um novo livro que teve os trechos antecipados nesta segunda-feira pelo jornal “The Daily Mail”.
“Call me Dave”, que sairá à venda em outubro, foi escrito pelo ex-vice-presidente do Partido Conservador e influente filantropo Michael Ashcroft, com ajuda da jornalista Isabel Oakeshott, antiga chefe de política do “The Sunday Times”.
Ashcroft, uma das maiores fortunas britânicas e o principal doador dos “tories”, reconhece no prólogo que tem uma conta pendente com Cameron, pois este não lhe ofereceu um cargo que foi prometido antes de ganhar as eleições de 2010.
Fontes ligadas ao primeiro-ministro asseguraram que ele “não se identifica” com a imagem descrita nesta biografia não autorizada, que foi realizada após entrevistas com centenas de pessoas de seu entorno.
No livro, que a partir de hoje passará a ser uma série do jornal, afirma-se que, quando estudava na universidade de Oxford, Cameron fazia parte do Flam Club, um grupo criado para fumar baseados.
Posteriormente, ele e sua esposa, Samantha, supostamente consumiam cocaína em sua casa de Londres, segundo o livro.
De acordo com os autores, na elitista universidade inglesa era membro da “decadente” sociedade Piers Gaveston, que se especializava em “estranhos rituais e excessos sexuais”.
Na cerimônia de iniciação, explicam, “teve que introduzir uma parte de sua anatomia na boca de um porco morto”.
Naquela época, David Cameron pertencia, além disso, ao Bullingdon Clube, um exclusivo grupo para estudantes ricos que se dedicavam a se embriagar e destruir restaurantes (cujas despesas pagavam no ato), e ao qual também pertenciam supostamente o atual prefeito de Londres, Boris Johnson, e o ministro da Economia, George Osborne.
Em uma revelação mais política, o livro assegura que Cameron soube em 2009 que Ashcroft tinha um status fiscal de “não domiciliado” no Reino Unido que lhe permitia sonegar impostos, apesar do primeiro-ministro sempre manter que se inteirou em 2010, um mês antes de ganhar as eleições.
Ashcroft renunciou posteriormente a esse status fiscal como condição para permanecer na Câmara dos Lordes. EFE
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