Novo parlamento iraquiano realiza primeira sessão

  • Por Agencia EFE
  • 01/07/2014 08h14

Bagdá, 1 jul (EFE).- O novo parlamento iraquiano começou nesta terça-feira sua primeira sessão com o objetivo de escolher o presidente e dois vice-presidentes da câmara e tentar chegar a um consenso para formar o governo.

A sessão, transmitida ao vivo pela televisão oficial “Al-Iraquiya”, ocorre no meio de fortes divisões políticas e da ameaça da insurgência sunita liderada pelo Estado Islâmico (EI), que no domingo declarou um califado.

Os deputados foram escolhidos nas eleições parlamentares realizadas em abril, nas quais ganhou mas sem maioria a coalizão Estado de Direito, do primeiro-ministro, o xiita Nouri al-Maliki.

No começo da reunião, os deputados juraram seus cargos e o parlamentar de maior idade, Mahdi al Hafez, que preside a sessão, pediu o restabelecimento da segurança e da estabilidade para conseguir “o desenvolvimento do Iraque”.

“O último revés de segurança que Iraque sofreu deve chegar a seu fim para restaurar a estabilidade com o objetivo de avançar de maneira correta”, disse.

Hafez pediu, além disso, a união dos diferentes grupos étnicos e religiosos, porque caso contrário o “Iraque será frágil” e pediu que se chegue a um acordo para enfrentar “o grande desafio” atual.

As diferenças políticas fazem temer pela formação do governo, já que muitos advogam por um gabinete de união nacional, o que Maliki rejeita, que quer manter o posto de primeiro-ministro.

O Iraque está imerso em uma grave crise suscitada pelo avanço de grupos insurgentes liderados pelo EI, que no último dia 10 tomaram o controle de Mossul, a segunda cidade do país, e desde ali progrediram por outras zonas do norte e o centro.

O EI, liderado por Abu Bakr al-Baghdadi, declarou anteontem um califado muçulmano desde a província síria de Aleppo até a iraquiana de Diyala.

O número de vítimas por causa da violência no Iraque aumentou dramaticamente em junho, alcançando os 2.417 mortos e 2.287 feridos, frente aos 800 falecidos registrados em maio, segundo os dados divulgados hoje pela ONU.EFE

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