Novo presidente da Guatemala pede renúncia de ministros
Cidade da Guatemala, 3 set (EFE).- O novo presidente da Guatemala, Alejandro Maldonado, pediu nesta quinta-feira a renúncia de todos os ministros, secretários e altos funcionários do governo, em seu primeiro discurso após assumir o cargo para suceder Otto Pérez Molina, que renunciou para se submeter à justiça devido a um escândalo de corrupção.
Em entrevista coletiva, Maldonado anunciou que a lista com os três nomes que apresentará ao Congresso para a escolha do novo vice-presidente é integrada por Gabriel Medrano Valenzuela, ex-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral e da Corte Suprema de Justiça; Juan Alfonso Fuentes Soria, ex-reitor da Universidade de San Carlos; e Irma Raquel Zelaya, ex-ministra das Finanças.
Trata-se de “três pessoas irretocáveis, irrecusáveis, de alta preparação acadêmica e com qualquer um dos três se estará bem respaldado e acompanhado”.
Maldonado, de 79 anos e que era vice-presidente da Guatemala, tomou posse nesta quinta perante o Congresso, como estabelece a Constituição em caso de ausência “absoluta ou temporária” do presidente.
“Peço a todos os ministros, membros da comissão e altos funcionários que ponham à disposição seus cargos para fazer as substituições necessárias que cabem neste governo transitório”, disse.
Em suas primeiras palavras como chefe de Estado, Maldonado também convidou os grupos sociais guatemaltecos para que façam propostas “idôneas” a seu governo, cujo mandato termina em 14 de janeiro de 2016.
Maldonado assumiu a presidência a poucos dias do pleito geral, que será realizado neste domingo e no qual os guatemaltecos elegerão presidente e vice-presidente para o período 2016-2020, além de membros do legislativo.
“Este será um governo de salvação nacional de quatro meses, não prometo milagres. Oferecemos coragem e boa vontade e solicito ajuda e compreensão da imprensa”, disse Maldonado em sua primeira entrevista coletiva no Palácio Nacional da Cultura, depois do ato no Congresso.
O novo presidente destacou a importância de que o Congresso aprove as reformas à Lei Eleitoral e de Partidos Políticos na atual legislatura.
“É preciso buscar um diálogo mais dinâmico com os atores políticos para que se comprometam para que essas reformas sejam uma realidade neste mandato, não podemos esperar que entre uma nova formação de Congresso”, destacou.
Maldonado disse que a renúncia de Pérez Molina à presidência foi uma “decisão pessoal”, indubitavelmente “muito difícil”.
O ex-governante de 64 anos é acusado pelo Ministério Público e a Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), um órgão da ONU, de dirigir uma milionária rede de corrupção na instituição arrecadadora de impostos. EFE
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