Novo relógio atômico mede hora com precisão nunca antes vista

  • Por Agencia EFE
  • 21/04/2015 15h14
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Madri, 21 abr (EFE).- Nem sequer um segundo será atrasado ou adiantado em cerca de 15 bilhões de anos, aproximadamente a idade do Universo -, uma precisão quase inimaginável, mas que agora é realidade graças às alterações feitas em um relógio atômico de estrôncio.

Cientistas do National Institute of Standards and Technology (NIST) dos Estados Unidos conseguiram fazer o relógio ganhar precisão e estabilidade, segundo um artigo publicado nesta terça-feira pelo jornal “Nature Communications”.

A cronometria tem grande importância nas comunicações avançadas, nas tecnologias de posicionamento, como o GPS, e em outras muitas tecnologias, lembrou o NIST em comunicado.

O relógio de altíssima precisão tem outras funcionalidades além de informar a hora, como ser útil para altímetros baseados em mudanças da gravidade e experimentos sobre as correlações quânticas entre átomos.

O relógio criado pelo JILA (instituto conjunto do NIST com a Universidade do Colorado) agora é “três vezes mais preciso do que em relação ao ano passado, quando já tinha estabelecido um recorde mundial”, o que permite medir mudanças diminutas na passagem do tempo e a força da gravidade em alturas ligeiramente diferentes.

Einstein já tinha premeditado esses efeitos em sua teoria da relatividade, o que significa, entre outras coisas, que os relógios caminham mais rápido em elevações maiores, contou o artigo.

A explicação de toda essa precisão digna de recorde se deve ao fato de que os cientistas “medem literalmente a temperatura” ambiental dos átomos.

Para isso, dois registradores de temperatura especializados, calibrados por pesquisadores do NIST, são inseridos em uma câmara de vácuo que envolve uma nuvem de átomos de estrôncio confinados por raios.

Agora “podemos medir o deslocamento gravitacional quando o relógio for levantado apenas dois centímetros acima da superfície da Terra”, explicou Jun Ye, do JILA/NIST.

O especialista considerou, que com este novo avanço, os relógios estão mais perto “serem úteis para a geodesia relativista”, que é a ideia de usar uma rede de relógios como se fossem sensores de gravidade para realizar medições de precisão em 3D da forma da Terra. EFE

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