Novo satélite europeu melhorará transparência do mercado agrícola
Roma, 24 jun (EFE).- O novo satélite Sentinel 2-A da Agência Espacial Europeia (ESA) melhorará a transparência do mercado agrícola e os prognósticos das lavouras no futuro, disse nesta quarta-feira à Agência Efe o economista da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Abdolreza Abbassian.
O equipamento foi lançado ontem com sucesso e, segundo o especialista, que também é secretário do Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), afirmou que esse satélite permitirá obter “informações mais exata sobre as condições dos cultivos”.
Além disso, Abbassian destacou a política da Comissão Europeia de oferecer esses dados abertamente para todos os usuários, entre eles as agências nacionais de vigilância e outras organizações públicas e privadas interessadas na agricultura.
O satélite dará apoio à chamada Iniciativa de Observação Agrícola Mundial (Geoglam), que fornece dados sobre as lavouras ao AMIS, uma plataforma criada a pedido do G20 em 2011 para melhorar a transparência dos mercados de matérias-primas.
Abbassian explicou que o novo Sentinel possui uma tecnologia mais avançada do que outros sistemas, podendo controlar a produção agrícola em todo mundo, incluindo regiões cobertas por nuvens.
“Esperamos que essa combinação de funções ajude a fazer melhores prognósticos, o que pode ser muito importante se a situação do mercado for tensa e as condições das lavouras em certas regiões possam influenciá-lo”, acrescentou.
O Sentinel 2-A foi lançado ontem ao espaço a partir do centro de Kuru, na Guiana Francesa. Foi o segundo satélite do ambicioso programa europeu Copérnico para viajar o meio ambiente e observar as mudanças na superfície terrestre.
O programa Copérnico completo tem orçamento de 7,5 bilhões de euros e será o maior projeto civil da história dedicado a esquadrinhar os cantos do planeta, o que espera-se que se transforma em uma receita total de 30 bilhões de euros.
O equipamento também permitirá a ESA fazer o acompanhamento do desmatamento ou desertificação de algumas regiões e estudar o impacto da mudança climática com análise do retrocesso das geleiras, entre outros trabalhos. EFE
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