Novo secretário do Rio diz que fará “mais com menos”

  • Por Constança Rezende – Agência Estado
  • 27/12/2015 13h59
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Fernando Frazão / Agência Brasil Luiz Antônio Teixeira Júnior

O futuro secretário de Saúde do Estado do Rio, Luiz Antônio Teixeira Júnior, que assumirá o cargo no próximo dia 1º, criticou ontem a atual gestão dos hospitais estaduais. Ele percorreu algumas unidades de saúde e anunciou que pretende cortar os gastos da secretaria.

“No Hospital Getúlio Vargas (Penha, zona norte) estão faltando próteses. Encontramos leitos vazios e o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense), estava lotado. Precisamos desses leitos. Temos que pensar em todo o modelo e fazer com que as nossas estruturas efetivamente funcionem para a população. Vou trabalhar otimizando isso aqui. Nós precisamos cortar custos na Secretaria de Saúde. Pode ter certeza que, com muito menos dinheiro, vamos fazer muito mais”, disse o médico, atual secretário de Saúde de Nova Iguaçu ao RJ-TV, da TV Globo.

Teixeira Júnior substituirá o secretário Felipe Peixoto, que deixará a função em meio a uma das mais graves crises já ocorridas na saúde do Rio. A Saúde é o setor mais prejudicado pela crise econômica que atinge o Estado. Dos R$ 2,3 bilhões que o governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) deve a fornecedores, R$ 1,3 bilhão são de despesas não pagas na área de saúde. Em segundo lugar, vem a educação, com R$ 284, 9 milhões de dívidas. Em terceiro, a segurança pública, com R$ 231,3 milhões.

O principal rombo na saúde é no pagamento das Organizações Sociais (OS) que administram os hospitais estaduais. A elas, o governo deve R$ 649,9 milhões. Já às empresas que administram as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o governo deve R$ 176, 5 milhões.

O levantamento foi feito pelo deputado estadual Luiz Paulo Corrêa (PSDB), por meio do Sistema de Informações Gerenciais da Secretaria da Fazenda. Para ele, a solução para o alívio das contas da saúde é a revisão ou o cancelamento dos contratos com as OS. A rede hospitalar do Rio entrou em colapso na semana passada. Unidades de referência só aceitavam pacientes com risco de morte. Graças ao empréstimo de R$ 100 milhões da Prefeitura do Rio e de R$ 45 milhões do Ministério da Saúde, os hospitais retomaram as atividades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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