Novo teste revela em minutos contaminação pelo ebola

  • Por Agencia EFE
  • 25/06/2015 21h24

Londres, 26 jun (EFE).- Um novo teste realizado com uma pequena amostra de sangue é capaz de revelar em poucos minutos se uma pessoa está contaminada com o vírus do ebola, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista britânica “Lancet”.

Os pesquisadores compararam este teste, feito com uma picada no dedo do paciente, com o método tradicional de extrair uma amostra de plasma e enviá-la ao laboratório, e concluíram que o novo teste é mais rápido e sensível para diagnosticar se uma pessoa tem o vírus.

O teste, denominado “Rapid Diagnostic Test” (Teste de diagnóstico rápido ou RDT), permitirá reduzir o tempo de espera que normalmente é necessário para confirmar se um paciente sofre de ebola, identificar possíveis contágios e, por último, conter a expansão do vírus.

Neste estudo, 106 pacientes suspeitos de terem sido infectados pelo ebola foram admitidos em fevereiro em um centro de diagnóstico de Serra Leoa, onde foram testados com o novo método e pelo sistema de coleta tradicional.

Os pesquisadores compararam as duas e descobriram que o novo teste oferece resultados mais precisos em um espaço mais curto de tempo.

A diretora associada do Laboratório de Diagnóstico de Doenças Infecciosas do Hospital Infantil de Boston (EUA), Nira Pollock, assinalou que “em algumas ocasiões os resultados de laboratório demoram muitos dias a saírem”.

“Atrasos como este não só provocam erros de diagnóstico e de tratamento, mas faz com que pacientes que não foram infectados entrem em unidades de tratamento onde podem se contaminar”, destacou Pollock.

Além disso, a especialista em infecção do Hospital Infantil de Boston ressaltou que “este novo teste é capaz de detectar o vírus do ebola em amostras como uma pequena gota de sangue na roupa de cama, e pode ajudar na luta contra o vírus”.

De acordo com a co-autora do estudo e médica na organização sem fins lucrativos “Partners in Health”, de Boston, Jana Broadhurst, “este teste pode ter um impacto imediato no cuidado dos pacientes e no controle das infecções”. EFE

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