Novo tratamento genético leva esperança aos doentes de Parkinson

  • Por Agencia EFE
  • 10/01/2014 09h25
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Londres, 10 jan (EFE).- Um novo tratamento genético permite “melhoras no controle de movimento” para os doentes de Parkinson, um transtorno neurodegenerativo que afeta mais de seis milhões de pessoas no mundo, publicou nesta sexta-feira a revista britânica “The Lancet”.

Um grupo de pesquisadores franceses, liderado por Stéphane Palfi, professor do Hospital Universitário Henri-Mondon de Créteil (França), realizaram o novo tratamento em 15 pacientes com a doença de Parkinson em nível avançado, com idades entre 48 e 65 anos que não respondiam aos tratamentos convencionais.

O tratamento genético, chamado “ProSavin”, utiliza um vírus inativo que leva genes corretivos diretamente à camada do cérebro que controla o movimento e é projetada para transformar as células do sistema nervoso em fábricas de dopamina.

Os doentes de Parkinson sofrem uma perda desse neurotransmissor, o que gera tremores, lentidão nos movimentos e rigidez muscular, entre outros sintomas.

Após testar durante um ano nos 15 pacientes selecionados, os cientistas comprovaram que o novo tratamento é “seguro, eficaz e tolerável”.

Para medir sua eficácia, empregaram um sistema padrão que avalia algumas funções motoras como a fala, os tremores, a rigidez, o movimento dos dedos, a postura, a forma de andar e a lentidão, e observaram grandes melhoras após seis meses.

O “ProSavin” é seguro e foi bem tolerado pelos pacientes em estado avançado de Parkinson. “As melhoras no controle dos movimentos foram observadas em todos eles”, afirmou Palfi. No entanto, o pesquisador ressaltou que os resultados são limitados, apesar de serem promissórios, e devem “ser interpretados com precaução”.

O mal de Parkinson é um transtorno neurológico degenerativo e lentamente progressivo que afeta as zonas do sistema nervoso central responsáveis por controlar as atividades motoras. Seus sintomas mais conhecidos são os tremores, a rigidez muscular, a lentidão e as alterações posturais, entre outros. EFE

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