“Número 2” de Saddam Hussein pede unidade a jihadistas para libertar Iraque
Bagdá, 13 jul (EFE).- O homem que já foi o “número dois” do regime do falecido ditador Saddam Hussein, Izzat Ibrahim al Douri, em paradeiro desconhecido, pediu ao Estado Islâmico (EI) e à Al Qaeda que superem suas diferenças e continuem com “a libertação” do Iraque.
Em mensagem de áudio publicada nas últimas horas em foros de internet ligados ao partido nacionalista Al-Baath de Saddam (ilegalizado no Iraque), Douri elogiou ambas as organizações radicais e assegurou que lhe enche de “orgulho, apreço e amor” o trabalho de seus combatentes.
“Temos que adiar todas nossas diferenças, seja qual for seu alcance e tipo, porque nosso objetivo atualmente é libertar o Iraque, algo maior que tudo isso”, disse o vice-presidente de Saddam.
O EI é considerado uma cisão da Al Qaeda desde que rejeitou acatar as ordens do líder da rede terrorista, Ayman al Zawahiri, que pediu que limitassem sua atividade ao Iraque e saíssem da Síria.
Douri também elogiou as que denomina “facções da revolução”, em referência aos militantes da confraria sufista Al Naqshbandiya, leais a sua pessoa; e aos combatentes do Exército Islâmico e do Exército dos Mujahedins, entre outros.
Assegurou que os dias nos quais foram “libertadas” as províncias de Saladino e Ninawa foram os “maiores da história do Iraque e dos árabes, depois da conquista islâmica”.
O responsável sunita lembrou que “a metade do Iraque já foi libertada das garras dos colonialistas sufis e a libertação de Bagdá está próxima”.
Ele advertiu que “as forças imperialistas do mundo estão tentando estigmatizar os rebeldes e insurgentes com um falso terrorismo”, e pediu aos cidadãos de Ninawa, Saladino e Al-Anbar que respaldem “a revolução para a defesa das conquistas históricas”.
Não se pôde confirmar a veracidade desta mensagem, nem a data e lugar de sua gravação. EFE
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