Número de brasileiros presos no exterior caiu 13,1% em 2014
Brasília, 2 abr (EFE).- O número de brasileiros presos no exterior caiu 13,1% no último ano, de 3.209 no final de 2013 para 2.787 em dezembro de 2014, segundo um balanço divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores.
A maior diminuição foi nos Estados Unidos, onde o número de brasileiros presos caiu de 726 em 2013 para 406 em 2014, mas também houve grande queda em países como Portugal, Espanha, Itália, França, Paraguai, Bolívia, Guiana Francesa e Japão, segundo o balanço.
O relatório agrupa os números enviados por 227 representações brasileiras no exterior, entre embaixadas, consulados e missões em todos os continentes.
Segundo o balanço, o crime que mais leva brasileiros à prisão no exterior é o narcotráfico, seguido por roubo, fraude, homicídio, porte de drogas, abuso sexual e estupro.
Dos 864 brasileiros presos por narcotráfico no exterior, 478 (31% do total) estão em países europeus, segundo os números divulgos em entrevista coletiva pela diretora do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior, Luisa Lopes da Silva.
Por regiões, o maior número de brasileiros detidos no exterior por qualquer crime está na Europa, com 1.046 (37,5% do total). Os países europeus com mais presos são Portugal (285), Espanha (267), Itália (180) e França (100).
A América do Sul está em segundo lugar, com 823 detidos, seguida pela América do Norte (423), Ásia (409), África (28), Oceania (24), o Oriente Médio (19) e América Central (15).
Por países, o que tem mais brasileiros presos são os Estados Unidos, com 406, seguido pelo Japão (397).
Luisa Lopes da Silva admitiu que os números podem ser maiores, já que alguns países como Canadá e Suíça garantem o direito à privacidade dos dados dos detidos e não divulgam suas nacionalidades.
Nestes países, nos quais calcula-se que pode haver 150 brasileiros detidos, apenas se sabe o número presos que pedem ajuda ao consulado.
Quanto à situação jurídica, 1.430 já foram condenados e cumprem suas sentenças, e 1.086 cumprem prisão preventiva ou estão à espera de julgamento ou sua deportação.
Por sexo, são 2.208 homens, 480 mulheres e 50 transexuais. Não há informação quanto aos 121 restantes.
A diplomata disse que o Brasil gastou no ano passado R$ 270 mil com diferentes tipos de assistência, principalmente jurídica e com a entrega de produtos básicos a 1.982 brasileiros presos no exterior.
Os casos que mais ganharam repercussão são os dos dois brasileiros presos na Indonésia por narcotráfico. Marco Archer foi executado em fevereiro após ser condenado à pena de morte e Rodrigo Gularte, condenado igualmente à pena capital, espera que o governo indonésio defina a data de sua execução. EFE
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