Número de casos de dengue no Brasil cai em abril após pico de março
Rio de Janeiro, 26 mai (EFE).- O número de casos de dengue no Brasil caiu 27% em abril, para 246.602, depois de a doença atingir seu pico de contaminação em março, quando foram confirmados 337.747 contágios, e o governo admitir que enfrentava uma epidemia, apontaram os dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde.
Apesar do período de maior transmissão da doença já ter sido superado e o Ministério considerar que nos próximos meses a situação melhorará com a chegada do inverno, quando as condições ambientais são menos favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor do vírus, os números acumulados no ano refletem a gravidade da epidemia em 2015.
“A tendência é que a redução da transmissão continue com a chegada do inverno, mas as medidas de prevenção têm que ser mantidas durante todo o ano”.
Entre 1º de janeiro e 9 de maio foram registrados no país 845.997 casos e 290 mortes por dengue, crescimento de 155,5% no número de contágios e de 25% no de vítimas fatais em relação ao mesmo período do ano passado.
Na comparação com os 1,2 milhão de casos e 435 mortes dos quatro primeiros meses de 2013, quando o país registrou uma das piores epidemias de dengue de sua história, o número de casos caiu 30% e o de óbitos 33,3%.
São Paulo concentra o maior número de casos deste ano apesar do total de contágios ter caído 51,3% em abril.
Apesar da queda geral, alguns estados foi registrado crescimento.
No Ceará os casos confirmados passaram de 7.393 em março para 12.249 em abril e em Minas Gerais de 28.829 para 39.790 no mesmo período.
O número de casos de dengue cresceu entre 2014 e 2015 apesar de o Ministério ter ampliado os recursos destinados ao combate à doença após a confirmação de que o Aedes aegypti também estava transmitindo casos autônomos de chicungunha.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, admitiu há duas semanas que o país enfrentava uma epidemia de dengue, ao registrar 367,8 casos para cada 100 mil habitantes, acima dos 300 casos para 100 mil que a OMS considera limite.
O ministro esclareceu, no entanto, que, ao contrário de 2013, a epidemia está concentrada em sete dos 27 estados do país. EFE
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