Número de miseráveis volta a aumentar no Brasil após 10 anos de redução

  • Por Agencia EFE
  • 05/11/2014 15h40

Rio de Janeiro, 5 nov (EFE).- O número de pessoas em condição de extrema pobreza no Brasil subiu dos 10,08 milhões em 2012 para 10,45 milhões em 2013, voltando a crescer após dez anos consecutivos de forte redução e de ter caído a menos da metade frente aos 26,24 milhões de 2003.

O crescimento de 3,7% no número de indigentes foi constatado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir da análise dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do ano passado.

Os dados foram divulgados no banco de dados que o Ipea oferece em sua página na internet sem nenhum comunicado e depois que o organismo foi questionado por não divulgá-los, como estava previsto, antes do segundo turno das eleições do dia 26 de outubro.

De acordo com os critérios do instituto, a chamada população em extrema pobreza é a que tem uma renda per capita insuficiente para adquirir uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para satisfazer adequadamente a uma pessoa.

O número de pessoas que vive sob estes parâmetros vinha caindo gradual e significativamente no Brasil desde 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou o primeiro de seus dois mandatos e lançou o programa de distribuição de subsídios para combater a pobreza que atualmente beneficia cerca de 50 milhões de famílias.

O Bolsa Família permitiu que o número de miseráveis no Brasil caísse de 26,24 milhões no primeiro ano de gestão de Lula até 13,60 milhões em seu último ano.

No governo de Dilma Rousseff, o número caiu de 11,77 milhões em 2011 para 10,08 milhões em 2012, mas voltou a crescer em 2013.

Apesar do aumento do número de pessoas em condição de extrema pobreza em 2013, o número de pessoas consideradas pobres, ou seja com renda suficiente para adquirir até duas cestas básicas de alimentos, caiu 5,4%, de 30,35 milhões em 2012 até 28,69 milhões no ano passado.

Desde 2003, quando o número de pobres chegava a 61,81 milhões, a redução é de 53%. EFE

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