Número de mortos em ataque a comboio humanitário na Síria sobe para 21
O número de mortos em um ataque aéreo contra caminhões que levavam ajuda humanitária para uma cidade controlada por rebeldes, no norte da Síria, nesta terça-feira, 20, subiu para 21. O ataque da segunda-feira ocorreu horas após o Exército sírio decretar que um cessar-fogo de uma semana em vigor no país não tinha mais validade.
Os Estados Unidos e a Rússia não aceitaram a declaração do Exército sírio sobre o fim da trégua, no país que vive uma guerra civil de mais de cinco anos. Um porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta terça-feira que as chances da volta do cessar-fogo são “muito pequenas”.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que as forças sírias eram “evidentemente” responsáveis pelo ataque na segunda-feira contra o comboio humanitário perto de Alepo. Autoridades dos EUA disseram que a Síria e a Rússia sabiam o trajeto do comboio. Elas dizem que o governo do presidente dos EUA, Barack Obama, considera a Rússia responsáveis pelas ações do regime de seu aliado, o presidente sírio Bashar al-Assad.
Peskov disse que os militares russos investigam o ataque. A Organização das Nações Unidas, por sua vez, anunciou a interrupção temporária do envio de ajuda.
Ataques aéreos russos continuavam a ocorrer nesta terça-feira no norte sírio. Segundo a agência de notícias russa Interfax, há ataques aéreos russos em apoio às forças do governo sírio. Os militares russos disseram que os ataques aéreos tinham como alvo “terroristas”, sem dar detalhes. O Estado Islâmico e um grupo ligado à rede Al-Qaeda não estavam envolvidos no cessar-fogo anunciado.
A TV estatal síria citou uma autoridade militar que não teve o nome divulgado, segundo a qual não foi o Exército sírio que atacou o comboio humanitário. A Rússia também negou estar por trás da ação.
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