Número de mortos em ataques do Boko Haram em Camarões sobe para 16

  • Por Agencia EFE
  • 28/07/2014 12h03

Yaoundé, 28 jul (EFE).- O número de mortos no ataque do grupo terrorista nigeriano Boko Haram na cidade de Kolofata, em Camarões, aumentou para 16, informou nesta segunda-feira à Agência Efe fontes do governo do país.

No ataque cometido ontem, a milícia radical sequestrou a esposa do vice-primeiro-ministro de Camarões, que continua com paradeiro desconhecido.

“O ataque provocou 16 mortos, entre os quais há civis e militares”, explicou à Efe o ministro de Comunicação de Camarões, Issa Chiroma Bakary.

A ação foi realizada no domingo, quando um grupo de “duzentos homens” atacou a residência do vice-primeiro-ministro, Ahmadou Ali, que foi retirado do local por seu serviço de segurança.

Os rebeldes também atacaram a casa de um líder tradicional de Kolofata, Seini Boukar, que também foi sequestrado pela milícia islâmica.

O vice-primeiro-ministro, Ahmadou Ali, é conhecido por ser um dos principais negociadores nos sequestros praticados pelos terroristas em Camarões.

Nos últimos meses, a seita islamita intensificou seus ataques e sequestros na zona norte do país, onde se encontra Kolofata, uma cidade próxima à fronteira com a Nigéria.

Nesta mesma região foram sequestrados três religiosos estrangeiros, dois italianos e um canadense, supostamente pelo Boko Haram, que os libertou em 1º de junho.

Segundo o governo camaronês, desde fevereiro o Boko Haram recrutou cerca de 200 jovens -de entre 15 e 19 anos- em Kolofata.

Em função disso, Camarões enviou tropas para suas fronteiras, unindo-se assim aos esforços internacionais para lutar contra a milícia Boko Haram, que ainda mantém detidas mais de 200 meninas nigerianas sequestradas há mais de três meses.

Os enfrentamentos entre os terroristas e os soldados camaroneses são constantes e nesta semana pelo menos dez soldados morreram em um ataque atribuído ao Boko Haram na cidade de Bagaran, perto da fronteira com o Chade, segundo a rádio estatal “CRTV”.

Além disso, o governo anunciou no domingo as condenações de 14 membros do Boko Haram que, após serem julgados por um tribunal militar camaronês, cumprirão penas de entre 10 e 20 anos de prisão.

Boko Haram, que significa em línguas locais “a educação não islâmica é pecado”, luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, onde neste ano matou cerca de três mil pessoas. EFE

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