Número de mortos por ebola na África chega a 518, segundo OMS

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2014 13h17

Genebra, 8 jul (EFE).- O número de pessoas que morreram após serem infectadas com o vírus do ebola em África Ocidental subiu para 518, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira.

A agência sanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) contabilizou 844 casos de infecção nos três países que até o momento registraram contágios: Guiné, Libéria e Serra Leoa. A última apuração divulgada pela ONU, em 1º de julho, calculava em 467 as mortes de um total de 759 casos conhecidos.

A OMS garante que a atual epidemia de ebola na África Ocidental é a mais grave jamais vista, tanto pelo número de pessoas infectadas quanto pela quantidade de mortes e por sua distribuição geográfica em três países simultaneamente. O organismo da ONU admite que a epidemia não esteja controlada. Apesar disso, desaconselha qualquer restrição à viagens turismo ou a trabalho.

No entanto, parece que a epidemia está começando a diminuir, dado que pela primeira vez desde que os casos começaram a ser contabilizados, não se detectou qualquer nova infecção em Guiné, exatamente o país onde se originou o primeiro contágio. Nos últimos sete dias, no entanto, foram registrados 16 novos casos na Libéria e 34 em Serra Leoa.

Esse número indica que segue havendo transmissão ativa na comunidade, especificou Fadéla Chaib, porta-voz da OMS.

“A pessoas ainda resistem em levar os doentes ao hospital, e acabam querendo cuidar em casa, mesmo com o risco de contágio. Além disso, apesar das campanhas informativas, os ritos fúnebres não mudaram e muitas pessoas continuam lavando e abraçando os mortos por ebola, apesar do elevado risco de infecção que isso envolve”, explicou ela.

A doença – que é transmitida pelo contato direto com o sangue ou fluidos corporais de pessoas ou animais infectados – causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.

A OMS ativou o Global Alert and Response Network (GOARN) – uma rede formada por agências internacionais, governos, universidades, e outras entidades – e solicitou especialistas em diversas áreas que possam viajar aos três países implicados para tentar conter o surto da doença.

Na semana passada, foi realizado em Acra, a capital de Gana, uma reunião sobre a epidemia na qual participaram 11 ministros da Saúde da região. No encontro, as autoridades se comprometeram em dar prioridade absoluta à luta e prevenção da doença, e a oferecer toda a colaboração possível entre os governos.

Esta é a primeira vez que se identifica e se confirma uma epidemia de ebola na África Ocidental. Até agora, ela sempre ocorria na África Central. EFE

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