Número de transplante cresce, mas famílias ainda se recusam a doar
Levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos aponta crescimento no número de doações. No ano passado foram 7.898 órgãos, alta de 3% em relação a 2013.
Porém, o número de famílias que se recusa a disponibilizar o órgão de parentes em estado de morte cerebral ainda é elevado. A chamada taxa de negativa familiar ficou em 40% em 2014 e, de acordo com especialistas, o principal motivo é a falta de informação. Existe ainda a deficiência da infraestrutura que mantém os órgãos conservados. Em alguns estados brasileiros, o número de famílias que se nega a doar órgãos de um parente em morte cerebral ainda ultrapassa 80%.
Carlos Cabral fez transplante de fígado e concorda que poderia haver maior orientação para a população a respeito dos transplantes. “Campanhas educativas vão explicar o que é a doação de órgãos. As pessoas acham que enquanto o coração está batendo ainda há vida, mas, depois que há morte cerebral, ali não tem mais vida”, disse”.
A pesquisa ainda mostra que a taxa de doadores no país subiu para 14,2 por milhão de habitantes. Na Espanha, que é o país com os melhores índices, a taxa é de 37 por milhão.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em junho do ano passado 37.736 pessoas esperavam na fila por um órgão. Ainda segundo informações da instituição, o Brasil possui mil equipes preparadas para realizar cirurgias e 400 unidades para atuar na área.
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