Obama acusa governo e oposição do Sudão do Sul de desprezar população

  • Por Agencia EFE
  • 28/07/2015 11h00

Adis-Abeba, 28 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou nesta terça-feira o governo e a oposição do Sudão do Sul de não ter “nenhum interesse” pelo bem-estar de sua população, ao não ter alcançando nem um só acordo de paz após mais de um ano e meio de negociações.

“Nem Salva Kiir -presidente do Sudão do Sul- nem Riek Machar -líder dos rebeldes- mostraram nenhum interesse por afastar sua população do sofrimento e nem alcançou nenhum acordo político”, censurou perante o plenário da União Africana no primeiro discurso de um presidente americano em ativo perante esta instituição.

O bloco regional de países africanos que media este conflito, que soma já dezenas de milhares de mortos e mais de dois milhões de deslocados, marcou o dia 17 de agosto como data limite para alcançar um acordo.

“Se não houver acordo, a comunidade internacional deverá estudar o custo desta intransigência”, advertiu Obama, que ontem já antecipou que seu país estudaria medidas “de pressão” para conseguir a paz neste país.

“No Sudão do Sul, a alegria da independência caiu até o desespero pela violência”, lamentou o presidente americano, que ressaltou que uma nação “nunca poderá prosperar lutando contra seu próprio povo”.

O conflito do Sudão do Sul começou com as acusações que o presidente Salva Kiir (de etnia dinka) lançou contra o ex-vice-presidente Riek Machar (da etnia rival nuer) por supostamente ter orquestrado um golpe de Estado contra ele.

Aquela disputa política derivou em um conflito que ainda não encontrou uma solução apesar da mediação dos países da região, que frequentemente criticaram a pouca vontade negociadora das partes enfrentadas.

O presidente dos Estados Unidos deixará a Etiópia nesta tarde e porá fim a uma viagem de quatro dias na qual também visitou o Quênia, a terra natal de seu pai, para tratar assuntos comerciais, de segurança e de direitos humanos. EFE

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