Obama adverte sobre Rússia e extremismo em nova estratégia de segurança

  • Por Agencia EFE
  • 06/02/2015 15h32

Washington, 6 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou nesta sexta-feira sobre os desafios que representam em nível global a “agressão” da Rússia na Ucrânia, o extremismo violento e o aumento dos crimes cibernéticos, como parte de sua nova estratégia de segurança apresentada hoje pela Casa Branca.

“Devemos reconhecer que uma estratégia de segurança nacional inteligente não pode depender unicamente do poder militar”, afirmou Obama no documento, cujos detalhes serão explicados hoje pela assessora em matéria de segurança da Casa Branca, Susan Rice.

No relatório, que aborda as prioridades em política externa de Obama para seus últimos dois anos de mandato, destacam-se a “abertura” em direção a Cuba e conseguir e uma maior penetração e cooperação na região da Ásia-Pacífico.

Após haver decidido iniciar no ano passado uma campanha militar contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e Síria, e em pleno debate sobre um possível envio de armas à Ucrânia para combater os rebeldes pró-Rússia, Obama afirma no relatório que os Estados Unidos devem evitar “se exceder” quando se trata de “envolvimento” em conflitos no exterior.

“Nossos recursos e influência não são ilimitados”, reflete o presidente ao advertir, além disso, contra a tomada de decisões “baseadas no medo”.

No exterior, “estamos demonstrando que, apesar de atuarmos unilateralmente contra ameaças a nossos interesses fundamentais, somos mais fortes quando nos mobilizamos de forma coletiva”, afirmou Obama ao citar como exemplo a coalizão internacional formada contra os jihadistas do EI e as sanções contra a Rússia pactuadas com os europeus.

“A longo prazo, nossos esforços para trabalhar com outros países para resistir à ideologia e às causas profundas do extremismo violento serão mais importantes que nossa capacidade para eliminar terroristas no campo de batalha”, afirma o presidente.

Na nova estratégia, Obama destaca também a cooperação “sem precedentes” com a China, apesar dos Estados Unidos “permanecerem atento” à modernização militar desse país, assim como o “aprofundamento” do investimento na África.

Além disso, segundo Obama, os impactos da mudança climática e surtos de doenças infecciosas como o ebola contribuem para a “inquietação” sobre a segurança em nível global.

A Casa Branca deve enviar anualmente ao Congresso um relatório sobre sua estratégia de segurança nacional, embora o último documento elaborado pelo governo de Obama sobre a questão é de 2010. EFE

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