Obama afirma que Cuba não é uma ameaça para os Estados Unidos

  • Por Agencia EFE
  • 11/04/2015 21h52
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Cidade do Panamá, 11 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu neste sábado que “Cuba não é uma ameaça” para seu país, ao defender após a Cúpula das Américas no Panamá a aproximação à ilha e sua histórica reunião com o líder cubano, Raúl Castro.

Em entrevista coletiva ao término da cúpula, Obama comentou que seu objetivo não é “uma mudança de regime” em Cuba e se mostrou “cautelosamente otimista” sobre os progressos que estão sendo realizados rumo à normalização bilateral e à reabertura de embaixadas em Washington e Havana.

Sobre sua conversa com Castro, Obama a qualificou de “sincera” e “produtiva”, e disse que ambos tiveram a oportunidade de “falar honestamente” sobre suas diferenças.

Segundo Obama, ele comentou com Castro “em particular” o mesmo que disse “em público” sobre as preocupações dos EUA sobre a situação dos direitos humanos e da liberdade de expressão em Cuba.

Por outro lado, Obama indicou que ainda não pôde revisar a recomendação do Departamento do Estado favorável a retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo e, portanto, ainda não tomou uma decisão a respeito.

O presidente detalhou que quer ler e “estudar” com calma essa recomendação e a de seus assessores na Casa Branca antes de tomar uma decisão.

Em antecipação à histórica reunião de hoje entre Obama e Castro, a primeira entre os presidentes dos dois países em mais de meio século, foram geradas muitas expectativas sobre um possível anúncio sobre a retirada de Cuba lista terrorista.

Cuba reivindica sua saída dessa lista, na qual aparece todos os anos desde 1982, mas não a considera uma “pré-condição” para retomar as relações diplomáticas com os EUA e reabrir as embaixadas nas respectivas capitais, embora os analistas apontem que seria um passo importante rumo à normalização diplomática.

Para tirar Cuba da lista, os EUA devem chegar à conclusão que “durante os últimos seis meses” o país não se envolveu “no apoio, assistência ou cumplicidade de atos terroristas internacionais”, segundo explicou recentemente o secretário de Estado, John Kerry.

Além disso, é necessário contar com um compromisso do governo de Cuba que não tem intenção de envolver-se ou apoiar o terrorismo no futuro.

Uma vez que Obama anuncie sua decisão, deve notificá-la de maneira formal ao Congresso, que conta com 45 dias para estudá-la e, em caso de desacordo, pode apresentar um projeto de lei para tentar revogar a sentença presidencial. EFE

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