Obama ampliará ataques contra o Estado Islâmico no Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 11/09/2014 00h45
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Washington, 10 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira que ampliará a campanha que mantém há pouco mais de um mês contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque com mais ataques aéreos e o envio de 475 militares para treinar, assessorar e equipar a as forças iraquianas e curdas.

Em discurso à nação na Casa Branca, Obama ressaltou que de modo nenhum esta operação exigiria tropas de combate em solo iraquiano: “Não nos deixaremos arrastar para outra guerra terrestre no Iraque, mas nossos militares são necessários para apoiar as forças iraquianas e curdas”, disse.

Os Estados Unidos estenderão sua campanha, até agora concentrada nas posições do EI no norte do Iraque, para onde houver um alvo dos jihadistas que precise ser derrubado para que as forças iraquianas e curdas possam recuperar territórios tomados no avanço do EI.

“Conduziremos uma campanha de ataques sistemáticos contra estes terroristas. Trabalhando com o governo do Iraque, ampliaremos nossos esforços e além de proteger nosso pessoal ali e o das missões humanitárias, atacaremos os alvos do EI enquanto as forças iraquianas lançam suas ofensivas”, explicou Obama em discurso de apenas 15 minutos.

Obama delegou ao secretário de Estado, John Kerry, a autoridade para fazer uso de um orçamento de US$ 25 milhões em artigos e serviços de defesa para ajudar imediatamente o governo do Iraque e as forças curdas a combater o avanço do EI, informou pouco antes do discurso o Departamento de Estado.

Os Estados Unidos esperam para ampliar sua campanha no Iraque a formação do novo governo, liderado pelo primeiro- ministro Haider Al Abadi.

O avanço do EI desde a guerra civil síria levou a Casa Branca a ampliar sua presença militar no Iraque no último mês com 1.043 militares, 754 deles para segurança da equipe diplomática e 289 para manter os postos de operações em Bagdá e Erbil.

Obama ressaltou hoje em seu esperado discurso à nação que estas campanhas contra os jihadistas do EI não embarcarão as tropas americanas em outra nova guerra no Oriente Médio: “Quero que o povo americano entenda que este esforço será diferente das guerras no Iraque e no Afeganistão. Não desdobrarei tropas americanas em solo estrangeiro”, disse.

Desde o começo da campanha americana no norte do Iraque, em 8 de agosto, foram realizados 154 ataques aéreos com bombardeiros, caças e aviões não tripulados para facilitar o avanço de tropas do exército iraquiano, dos “peshmerga” curdos e das milícias tribais contra o EI.

“Esses ataques protegeram a equipe americana e suas instalações, acabaram com combatentes do EI, destruiram armas, e deram espaço às forças iraquianas e curdas para recuperar territórios estratégicos. Estes ataques ajudaram a salvar a vida de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes”, destacou Obama.

As Forças Armadas americanas destruíram em pouco mais de um mês 212 alvos, entre eles um posto de comando e 88 veículos armados dos jihadistas; seu domínio aéreo permitiu que os caças americanos efetuassem ataques e lançassem mais de 300 toneladas de ajuda sem sofrer baixas ou acidentes. EFE

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