Obama anuncia financiamento e acordos de US$ 33 bilhões com África

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2014 17h49
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Washington, 5 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira novos compromissos de financiamento e investimento público e privado na África que chegam aos US$ 33 bilhões, que incluem acordos empresariais de US$ 14 bilhões.

“A África segue enfrentando enormes desafios, mas não podemos perder de vista a nova África que está emergindo”, disse Obama no segundo dia da cúpula de líderes africanos em Washington que reúne 40 chefes de estado do continente.

Obama explicou que aos US$ 14 bilhões em acordos com empresas americanas, se somam US$ 7 bilhões em financiamento público para impulsionar as exportações e os investimentos no continente e US$ 12 bilhões em compromissos do Banco Mundial e outros órgãos para respaldar a iniciativa da Casa Branca para a eletrificação de África.

“Os Estados Unidos estão decididos a ser um parceiro em igualdade de condições com a África”, disse Obama, que assinalou que seu país não olha o continente só como uma fonte de recursos naturais, mas como uma região com grandes recursos humanos.

O presidente americano comemorou que as exportações americanas à região tenham subido até níveis recorde, mas lembrou que ainda há um longo caminho a percorrer e lembrou que o montante equivale a relação comercial que existe com um só país, como o Brasil.

“Temos muito trabalho a fazer. Temos que melhorar. Temos que melhorar muito”, destacou.

Com os novos compromissos de investimento, os Estados Unidos querem reforçar seu protagonismo em um continente no qual está atrás da União Europeia e da China, que superou os Estados Unidos como principal parceiro comercial da África em 2009.

“O PIB da África dobrará em cada uma das próximas quatro décadas. As companhias inteligentes querem ser parte desse crescimento”, disse hoje o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg durante o Fórum Empresarial realizado no segundo dia da cúpula.

“Estamos permitindo que a Europa e a China se movimentem mais rápido do que os Estados Unidos”, acrescentou Bloomberg.

Na mesma linha, o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) disse hoje que os Estados Unidos “não fez mais do que começar a coçar a superfície”, quando se trata do potencial da África.EFE

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