Obama anuncia série de medidas para reduzir violência armada nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (05) uma série de medidas para o combate à violência armada no país. A principal medida tem como objetivo generalizar a obrigatoriedade de revisão de antecedentes criminais e estado psiquiátrico de qualquer um que quiser comprar uma arma.
As medidas também tentam evitar que, como no cenário atual, 30 mil pessoas morram anualmente em incidentes com armas de fogo. Em um ato na Casa Branca e acompanhado por familiares de vítimas da violência causada pelas armas, Obama ressaltou que o país viveu “muitos tiroteios” nos últimos anos e que isso não ocorre em outros países desenvolvidos.
“Temos que ter um sentido de urgência”, porque a cada dia “morrem pessoas” por causa das armas de fogo, afirmou. O presidente dos Estados Unidos demonstrou certa emoção ao falar sobre as vítimas da violência armada. “Toda vez que penso naquelas crianças eu fico irritado”, disse sobre o massacre em Connecticut, na Escola Elementar Sandy Hook, em 2012.
Ele acrescentou ainda que “isso acontece nas ruas de Chicago todos os dias”, em referência a cidade onde ele começou sua carreira política.
Obama anunciou também que espera definir mais claramente aqueles que podem ser considerados vendedores legais de armamento. Com isso, seriam impostas licenças às vendas de armas pela internet e por outros meios, explicou a Casa Branca.
O presidente americano busca contornar o Congresso com ações executivas que terão foco na regulamentação da venda de armas, bem como na redução de suas vendas ilegais. Isso ocorre em meio aos recorrentes tiroteios em massa que vêm ocorrendo nos Estados Unidos.
As propostas apresentadas a Obama, no último final de semana, pela Procuradora-geral Loretta Lynch, poderão fortalecer as regras aos vendedores de armas. Desta forma, será reprimida a “compra de palha”, quando potenciais suspeitos compram armas através de intermediários.
O governo norte-americano prevê ainda a contratação de mais de 200 funcionários para a Agência Federal de Drogas, Tabaco e Armas e verba de US$ 500 milhões destinada para o tratamento de pessoas com problemas psiquiátricos.
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