Obama anunciará medidas migratórias na sexta-feira em Las Vegas, diz imprensa
Washington, 19 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará nesta sexta-feira na cidade americana de Las Vegas as esperadas medidas executivas sobre reforma migratória, anteciparam nesta quarta-feira vários meios de comunicação locais, que citaram fontes oficiais.
O presidente deverá fazer o anúncio na escola secundária Del Sol High School, onde realizou seu primeiro discurso sobre imigração de seu segundo mandato, segundo fontes próximas da Casa Branca.
Obama afirmou, após as eleições legislativas de 4 de novembro, nas quais os republicanos conseguiram a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado, que tomaria medidas executivas antes do final do ano diante da falta de acordo no Congresso para aprovar uma reforma migratória.
O secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jeh Johnson, afirmou em Washington que as ações executivas tomadas por Obama sobre a questão migratória “nos próximos dias” serão “integrais” e abordarão diversos aspectos, incluída a segurança da fronteira.
Jeh confessou estar “decepcionado” pelo “caráter volátil” que o assunto assumiu na política americana e ressaltou a necessidade de se reconhecer a urgência de solucionar as falhas do sistema migratório.
O Senado aprovou um projeto de lei no ano passado, ainda com maioria democrata, que ficou estagnado na câmara de Representantes, onde os republicanos têm maioria desde 2010.
Os republicanos são contra o presidente “atuar por sua conta” pois consideram que Obama está excedendo sua autoridade. Os republicanos afirmaram que se o presidente adotar as medidas migratórias dificultará a cooperação em outros assuntos.
Segundo começou a ser anunciado na semana passada, o plano de Obama permitirá que muitos pais de crianças que são cidadãos americanos ou residentes legais obtenham permissões de trabalho e evitem assim a ameaça de deportação.
Essa parte do plano pode atingir entre 2,5 e 3,3 milhões de pessoas, dependendo do tempo de permanência no país (dez ou cinco anos) que seja fixado como requisito para os potenciais beneficiados.
O presidente avalia, além disso, ampliar a proteção que já existe para os jovens imigrantes ilegais que chegaram aos Estados Unidos quando eram crianças e estendê-las também aos seus pais, o que beneficiaria mais de um milhão de imigrantes. EFE
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