Obama apresentará ao Congresso plano para fechar prisão de Guantánamo
O governo do presidente Barack Obama enviará ao Congresso nesta terça-feira (23/02) um plano para fechar o centro de detenção dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo, em Cuba. A medida deve ser alvo de forte resistência dos republicanos que se opõem ao fechamento da prisão.
O plano prevê que o Congresso trabalhe em conjunto com o governo pela transferência dos detentos restantes para uma prisão nos EUA, além de solicitar até US$ 475 milhões para obras no lugar que venha a ser escolhido para esse fim. Segundo eles, isso acabará representando uma economia de até US$ 85 milhões ao ano. Os funcionários disseram que o custo operacional anual da prisão de Guantánamo é de US$ 445 milhões.
O relatório do governo menciona 13 lugares em potencial, mas não os identifica ou especifica para onde os prisioneiros seriam transferidos. O aguardado plano do Pentágono, inicialmente rejeitado por Obama no fim do ano passado por ser muito caro, ao custo de US$ 600 milhões, é parte do esforço final do presidente para tentar cumprir a promessa de campanha e fechar a prisão.
Obama não descartou usar uma ordem executiva para fechar a cadeia, segundo funcionários. Não há, porém, um prazo para Obama agir unilateralmente, se não houver acordo com o Congresso.
Atualmente, a prisão em Guantánamo abriga 91 detentos, entre eles 35 que já tiveram a transferência aprovada, caso existam condições de segurança para isso. Entre as opções estão Fort Leavenworth, no Kansas, e uma área da Marinha em Charleston, na Carolina do Sul, além de uma prisão de segurança máxima em Florence, no Colorado, segundo funcionários. O Congresso proíbe atualmente a transferência de presos de Guantánamo para os EUA, por isso Obama pode lançar mão de uma ordem executiva para buscar uma solução, caso o impasse prossiga.
A prisão de Guantánamo chegou a abrigar cerca de 800 presos pouco após sua abertura, ordenada pelo então presidente americano, George W. Bush, após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.