Obama assinará plano de gastos de US$ 1 trilhão após aprovação do Senado

  • Por Agencia EFE
  • 17/01/2014 02h27

Washington, 16 jan (EFE).- O presidente de Estados Unidos, Barack Obama, assinará nesta semana um plano de gastos de US$ 1,012 trilhões depois que o Senado deu o sinal verde nesta quinta-feira para o mesmo e da aprovação ontem na Câmara dos Representantes, de modo que não há mais chances de uma nova paralisação administrativa até outubro.

O plano, aprovado hoje com 72 votos a favor e 26 contra, complementa os detalhes do histórico acordo orçamentário bipartidário aprovado em dezembro e fornece recursos para as agências federais durante o ano fiscal em andamento, ou seja, até o mês de outubro.

Os fundos federais venceriam, em princípio, na meia-noite de ontem, mas o Congresso aprovou uma extensão de três dias, que ontem foi sancionada por Obama, para dar tempo para que o plano fosse aprovado pelas duas Câmaras e assinado pelo presidente.

As contas aprovadas permitem eliminar US$ 45 bilhões nos cortes automáticos, que estão vigentes desde março do ano passado devido à falta de acordo entre os congressistas sobre o orçamento.

A lei detalha os recursos que serão alocados em 12 áreas orçamentárias (desde a agricultura até a segurança nacional) e permite que o Pentágono recupere cerca de US$ 20 bilhões em fundos, além de financiar o programa educativo Head Start e garantir um aumento do 1% nos salários dos funcionários.

Além disso, situa os gastos do governo Obama em um nível similar ao dos últimos anos da Administração George W. Bush em termos nominais.

O projeto de lei não inclui nenhuma medida para bloquear a reforma da saúde de Barack Obama, da qual os republicanos são contrários e lutam com firmeza desde a sua promulgação em 2010.

A mudança mais importante que será introduzida pela lei aprovada hoje é que os veteranos de guerra com algum tipo de deficiência não sofrerão cortes em suas pensões, que estavam previstos no acordo de dezembro.

Apesar das ameaças de bloqueio por parte do setor mais conservador dos republicanos, o plano foi aprovado porque os dois partidos concordam que os Estados Unidos não podem permitir uma nova paralisação da administração, depois da que ocorreu no ano passado, que prejudicou não só a imagem do governo, mas também do Congresso e dos legisladores das duas formações políticas.

O plano de gastos aprovado hoje complementa o acordo orçamentário bipartidário de dezembro, que estabelece as prioridades nas despesas do país até o segundo semestre de 2015 e afasta a possibilidade de uma nova paralisação administrativa após três anos de duras batalhas entre democratas e republicanos sobre o orçamento. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.