Obama aumenta por decreto o salário mínimo dos funcionários públicos federais
Washington, 12 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinará nesta quarta-feira um decreto pelo qual aumentará o salário mínimo dos funcionários do governo para US$ 10,10 a hora, medida que pretende servir de “exemplo” para que o Congresso aprove uma lei que eleve o salário básico de todos os americanos.
A lei, que afetará os contratos que forem assinados a partir de 1º de janeiro de 2015, tanto os novos como os renovados, beneficiará centenas de milhares de americanos que trabalham para o governo federal, informou hoje a Casa Branca em comunicado.
Entre eles, enfermeiros que cuidam dos veteranos de guerra nos centros de assistência governamentais, cozinheiros que trabalham para as Forças Armadas e empregados da rede de Parques Nacionais.
“O presidente usa sua autoridade executiva para servir de exemplo, e continuará trabalhando com o Congresso para elevar o salário mínimo de todos os americanos com a aprovação da lei Harkin-Miller”, informou a Casa Branca.
Melhorar as condições de vida das classes média e trabalhadora dos EUA é o carro-chefe do segundo mandato de Obama, que ainda tem três anos como presidente, e é nessa luta contra a desigualdade que se emolduram suas medidas para aumentar o salário mínimo dos trabalhadores americanos.
Obama pediu ao Congresso várias vezes que aumente o salário mínimo para US$ 10,10 a hora – atualmente em US$ 7,25 – a última a seu discurso mais importante do ano: o do Estado da União, de 28 de fevereiro, centrado na melhoria das condições econômicas das famílias americanas.
Desde que começou o ano, Obama repete que tem “uma caneta e um telefone”, ou seja, que embora busque trabalhar com o Congresso, tomará medidas unilaterais sempre que puder em favor da recuperação econômica e do fortalecimento da classe média.
Além disso, a administração de Obama trabalha também com os estados, as autoridades locais e o setor privado para conscientizar que o aumento do salário mínimo não beneficia apenas as famílias trabalhadoras, mas também a economia e “a moral” de toda a nação. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.