Obama autoriza envio de mais 450 militares para treinar tropas iraquianas

Presidente dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou o envio de até 450 militares adicionais ao Iraque para treinar e assessorar as forças de segurança do país, que lutam contra o Estado Islâmico (EI), anunciou nesta quarta-feira (10) a Casa Branca.

Estes militares adicionais “não servirão em papel de combate” e se unirão aos “3.100 soldados americanos já destacados no Iraque”, explicou em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

De acordo com o porta-voz, o objetivo deste novo contingente será “treinar, assessorar e ajudar” as forças iraquianas em uma base no leste da província de Al Anbar.

Assim, os Estados Unidos procuram ajudar os iraquianos a recuperar o controle da cidade de Ramadi, capital dessa província e em poder dos jihadistas desde meados de maio.

Segundo a Casa Branca, este novo esforço “complementará” a tarefa já realizada pelos EUA e seus aliados na coalizão internacional contra o EI em outros quatro centros de treinamento no Iraque, onde foram capacitados mais de 9.000 soldados locais e outros 3.000 estão atualmente em formação.

Earnest indicou que Obama tomou a decisão de autorizar um envio adicional de tropas “a pedido” do primeiro-ministro iraquiano, Haider Al Abadi, com quem se reuniu na segunda-feira na Alemanha durante a cúpula do G7 e por recomendação do Pentágono e de comandantes militares dos EUA.

Após seu encontro com Ababi, Obama prometeu que os Estados Unidos aumentariam “a capacitação e ajuda” às forças iraquianas que lutam contra os jihadistas.

Obama também disse na Alemanha que seu governo ainda não tinha desenvolvido uma “estratégia completa” para treinar as forças iraquianas em seu combate contra os extremistas, o que lhe valeu críticas dentro dos EUA, principalmente entre legisladores e candidatos republicanos à Casa Branca.