Obama chega ao Panamá para Cúpula das Américas e esperado encontro com Castro
Cidade do Panamá, 9 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta quinta-feira ao Panamá para participar de sua terceira Cúpula das Américas, marcada pelo esperado primeiro tête-à-tête que terá com o líder cubano, Raúl Castro, e pelas tensões com a Venezuela.
Procedente de Kingston (Jamaica), Obama aterrissou por volta das 18h45 (horário local, 20h45 de Brasília) no aeroporto internacional Tocumen do Panamá.
Nesta noite Obama se reunirá a portas fechadas com membros da embaixada americana no Panamá e amanhã começará sua agenda oficial com uma reunião bilateral com o presidente deste país e anfitrião da cúpula, Juan Carlos Varela.
Além da agenda “muito pragmática” com a qual Obama chega ao Panamá, nas palavras de seu principal assessor para a América Latina, Ricardo Zúñiga, todos os olhares estarão postos em sua esperada primeira “interação” com Castro, que acontecerá previsivelmente durante as sessões plenárias da Cúpula.
Após a reunião com Varela, Obama falará na sexta-feira no encontro de empresários organizado pelo Executivo panamenho e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde encontrará a presidente Dilma Rousseff, entre outros líderes.
Em seguida, participará do Fórum da Sociedade Civil, que promete reunir dissidentes cubanos e opositores venezuelanos, entre outros, junto com os presidentes do Uruguai, Tabaré Vázquez, e da Costa Rica, Luis Guillermo Solís.
Em relação à Venezuela, a ordem executiva com a qual Obama autorizou sanções contra funcionários do governo de Nicolás Maduro, e declarou esse país uma “ameaça” para a segurança dos EUA, piorou as já conflituosas relações bilaterais.
Em entrevista exclusiva à Agência Efe realizada antes da cúpula, Obama considerou que nem os EUA nem o continente devem “manter silêncio” perante a situação na Venezuela, que enfrenta atualmente “desafios enormes” e com cujo governo seu país segue aberto ao “diálogo direto”.
“Não acreditamos que a Venezuela seja uma ameaça para os Estados Unidos, e os Estados Unidos não são uma ameaça para o governo da Venezuela”, esclareceu Obama. EFE
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