Obama classifica assassinato de refém americano no Iêmen como “bárbaro”

  • Por Agencia EFE
  • 06/12/2014 15h49
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou neste sábado (6) o “bárbaro assassinato” do refém americano Luke Somers, capturado pela Al Qaeda e que foi encontrado morto pelo exército americano em uma operação de resgate.

“O atroz desprezo pela vida de Luke é mais uma prova do tamanho da depravação da AQAP (Al Qaeda na Península Arábica) e uma razão a mais pela qual o mundo nunca deve parar em seu esforço de derrotar sua malvada ideologia”, disse Obama em comunicado.

O presidente americano confirmou que autorizou na sexta-feira (5) “uma tentativa de resgate de Somers e qualquer outro refém retido no mesmo local” que ele, por concluir que a vida do americano estava em “perigo iminente”.

Forças especiais dos EUA efetuaram a operação por terra e ar em conjunto com as forças iemenitas, mas acharam o corpo do jornalista americano junto ao de outro refém da Al Qaeda, o sul-africano Pierre Korkie, contaram à Efe em Sana fontes de segurança e da Inteligência iemenita.

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, indicou em outro comunicado que “vários dos terroristas da AQAP que mantinham os reféns em cativeiro foram assassinados na missão”.

O braço iemenita da organização terrorista Al Qaeda ameaçou no último dia 4, em um vídeo, matar Somers, sequestrado em setembro de 2013 e cujo resgate foi tentado, também sem sucesso, em novembro pelas autoridades americanas, reconheceu no mesmo dia a Casa Branca.

Obama explicou neste sabado que autorizou a operação “levando em conta que outra informação também mostrava que a vida de Luke estava em perigo iminente, e assim que chegou a informação de inteligência confiável e um plano operacional”.

Ele ofereceu “suas mais profundas condolências à família de Luke e seus entes queridos”, assim como à família do refém sul-africano assassinado; e agradeceu às forças que participaram da operação e ao presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, por sua cooperação.

Somers, um fotojornalista de 33 anos sequestrado em Sana em setembro de 2013, “chegou ao Iêmen em paz e buscava com suas imagens mostrar as vidas dos iemenitas ao mundo exterior”, ressaltou Obama.

“Minha maior responsabilidade é fazer todo o possível para proteger os cidadãos americanos. Os Estados Unidos não pouparão esforços para usar todas as capacidades militares, diplomáticas e de inteligência para trazer os americanos seguros para casa. Os terroristas que tentarem machucar nossos cidadãos sentirão o peso da Justiça americana”, advertiu.

Oito pessoas foram libertadas na operação de novembro, entre elas um saudita e um etíope. O Ministério da Defesa iemenita informou que Somers, um sul-africano identificado como Pierre Korbie e um britânico foram trocados de lugar dois dias antes.

Tanto Hagel, que está no Afeganistão em uma visita surpresa, como o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, emitiram neste sábado comunicados condenando o assassinato de Somers. 

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