Obama confirma diretor interino de Serviço Secreto no comando da agência
Washington, 18 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeará o atual diretor interino do Serviço Secreto, Joseph Clancy, para assumir permanentemente esse corpo encarregado da proteção do líder e sua família, segundo anunciou hoje a Casa Branca.
Clancy lidera interinamente o Serviço Secreto desde outubro, quando a diretora anterior, Julia Pierson, renunciou por causa de vários erros de segurança e escândalos.
Ao confirmar a decisão de Obama, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, comentou em sua entrevista coletiva diária que Clancy assumiu as rédeas “em um momento difícil para a agência e demonstrou a liderança exigida para realizar as reformas necessárias”.
Um painel de analistas recomendou em dezembro a nomeação de alguém alheio ao Serviço Secreto, mas Obama preferiu o contrário, já que Clancy é um veterano com 27 anos de serviço.
Da mesma forma que acontece com as nomeações de altos funcionários do governo, Clancy deverá ser confirmado para o cargo pelo Senado.
Clancy se aposentou do Serviço Secreto em 2011 após uma longa carreira no corpo e, após um tempo no setor privado, retornou ano passado interinamente como diretor a pedido de Obama.
Em janeiro Clancy destituiu quatro altos cargos do Serviço Secreto na maior remodelação de sua estrutura desde a renúncia de Pierson, que foi a primeira mulher da história a liderar uma agência dominada tradicionalmente por homens.
Um dos escândalos que mais danificaram a reputação da agência foi o protagonizado por 12 de seus agentes que levaram prostitutas aos seus quartos de hotel antes da visita de Obama a Cartagena das Índias, na Colômbia, para a Cúpula das Américas de 2012.
Apesar das mudanças promovidas por Pierson após esse incidente na Colômbia, os problemas continuaram e um dos incidentes mais graves aconteceu no último dia 19 de setembro, quando um veterano da Guerra do Iraque com problemas mentais entrou armado com uma faca na Casa Branca e chegou ao primeiro andar da residência presidencial.
Mais recentemente, no final de janeiro, um pequeno drone (avião não- tripulado) caiu nos jardins da Casa Branca.
Pouco depois deste incidente, o homem que estava operando o drone se apresentou voluntariamente aos agentes do Serviço Secreto e explicou ter se tratado de um acidente, pois perdeu o controle do aparelho quando o usava com fins recreativos perto da Casa Branca.
O painel de analistas que recomendou em dezembro a nomeação de alguém de fora do Serviço Secreto aconselhou, além disso, que a cerca que rodeia a Casa Branca seja elevada em mais de um metro e que o número de agentes que formam esse corpo seja ampliado. EFE
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