Obama dará recado a congressistas que questionam medidas: “Aprovem uma lei”
Washington, 20 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desafiará os congressistas que questionam sua autoridade para atuar em matéria migratória a aprovar uma lei que outorgue soluções permanentes ao sistema migratório do país.
“Para aqueles membros do Congresso que questionam minha autoridade para fazer com que nosso sistema de imigração funcione melhor, ou questionam minha capacidade de atuar onde o Congresso falhou, tenho uma resposta: aprovem uma lei”, afirmará o presidente em seu discurso desta noite, segundo antecipou a Casa Branca.
“Essa é a verdadeira anistia, deixar este sistema que não funciona como está. Uma anistia em massa seria injusta. A deportação em massa seria ao mesmo tempo impossível e contrária à nossa personalidade”, continuará o presidente, em um esperado discurso ao vivo perante a nação.
Durante seu discurso, Obama anunciará ações executivas que evitarão a deportação de cinco milhões de imigrantes ilegais durante três anos perante a incapacidade do Congresso, até o momento, de aprovar um texto legislativo que outorgue soluções permanentes.
“O que estou descrevendo é uma prestação de contas, bom senso, um enfoque de meio termo: se você cumpre os critérios, sairá das sombras e estará de acordo com lei. Se você é um criminoso, poderá ser deportado. Se vai entrar nos EUA ilegalmente, suas possibilidades de ser capturado e deportado aumentaram”, resumirá o presidente.
Obama defenderá que sua decisão “não é só legal”, mas também similar às que tomaram “todos e cada um dos presidentes republicanos e democratas na última metade de século”.
A parte-chave do plano de Obama beneficiará aos imigrantes ilegais que tenham filhos que são cidadãos americanos ou residentes permanentes, que comprovem que estão no país desde antes de 1º de janeiro de 2010 e não possuam antecedentes criminais.
Estes imigrantes ilegais evitarão a ameaça da deportação por três anos e obterão uma licença de trabalho, segundo o plano antecipado pela Casa Branca.
Para acolher-se ao novo programa para pais com crianças americanos ou residentes permanentes, os potenciais beneficiados deverão demonstrar que seu filho nasceu antes do anúncio do presidente e que estão no país há pelo menos cinco anos.
Também terão que submeter-se a uma verificação de seus antecedentes criminais e pagar uma série de taxas. EFE
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