Obama defende contenção diante de risco de novas guerras

  • Por Agencia EFE
  • 28/05/2014 15h15

West Point (EUA.), 28 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira que alguns dos maiores erros cometidos pelos EUA ocorreram quando o país se lançou em uma guerra, por isso defendeu a contenção antes de responder qualquer crise com uma intervenção militar.

“O exército é, e sempre será, a coluna vertebral da liderança dos Estados Unidos. Mas a ação militar não pode ser o único, nem sequer o principal, componente de nossa liderança”, disse Obama em um discurso na Academia Militar de West Point, em Nova York.

“Só porque temos o melhor martelo não significa que cada problema seja um prego”, filosofou o líder.

Obama respondeu assim aos seus críticos da ala republicana do Congresso, que o acusam de ter sido cauteloso demais e perdido oportunidades estratégicas por se negar a atuar militarmente, especialmente no caso da Síria.

“Acredito no caráter excepcional dos Estados Unidos com cada fibra do meu ser. Mas o que nos torna excepcionais não é nossa capacidade de desobedecer as normas internacionais e a legalidade. É nossa vontade de afirmá-las através de nossas ações”, argumentou.

“Não todo problema tem uma solução militar. Desde a Segunda Guerra Mundial, alguns de nossos erros mais custosos não procederam de nossa contenção, mas de nossa vontade de nos precipitar em aventuras militares sem pensar nas consequências, sem construir legitimidade e apoio internacional, ou consultar o povo americano sobre o sacrifício requerido”, sustentou.

Obama afirmou que os Estados Unidos “usarão a força militar unilateralmente se for necessário, quando seus interesses básicos demandarem”, ou seja, quando seu povo ou sua forma de vida “se virem ameaçados ou a segurança de seus aliados esteja em perigo”, e mesmo assim, nessas circunstâncias, “a opinião internacional importa”.

“Mas quando os assuntos de preocupação global não significarem uma ameaça direta aos Estados Unidos, então o limite para a ação militar deve ser mais alto. Nessas circunstâncias, não devemos atuar sozinhos”, argumentou. EFE

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