Obama defende medidas migratórias entre gritos em espanhol de “Sí, se puede”

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 23h48

Las Vegas (EUA), 21 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta sexta-feira em Las Vegas suas ações executivas em matéria migratória, perante um público que gritava em espanhol: “Sí, se puede”, em referência ao lema “Yes, we can”.

Rodeado de vários dos líderes do Congresso que trabalharam para conseguir uma reforma migratória integral, Obama insistiu que, se os republicanos tivessem permitido uma votação desse texto legislativo, suas medidas não teriam sido necessárias.

“Este é apenas um primeiro passo. Ainda precisamos de uma lei”, reiterou entre ovações no Instituto de Ensino Médio Del Sol, que conta com uma grande concentração de estudantes latinos.

O presidente fez um discurso carregado de emoção, com ar eleitoral, ovacionado por uma audiência que majoritariamente lhe agradeceu por atuar por sua conta na falta de uma ação permanente do Congresso, embora houvesse também quem lhe recriminou por não ter trabalhado mais para conseguir a legislação.

“Não somos uma nação que brinca com os lutadores e os sonhadores que querem ganhar seu pedaço de sonho americano. Somos uma nação que lhes dá a oportunidade de assumir suas responsabilidades e criar um futuro melhor para seus filhos”, declarou o presidente.

Obama lembrou que o problema migratório dos Estados Unidos “não é só um assunto latino”, mas também “um assunto americano” que deve ser resolvido de uma vez por todas.

Em referência às medidas executivas que adotou, o presidente reiterou que elas buscam centrar os recursos em “ameaças reais contra a segurança”, o que significa atuar “contra os criminosos, não contra as famílias”.

“Tudo o que estamos dizendo é que não vamos deportá-los e separá-los de seus filhos”, acrescentou o presidente, que foi apresentado por uma das jovens sem documentos mais envolvida em movimentos ativistas em Nevada, Astrid Silva.

As ações executivas de Obama frearão as deportações de cerca de cinco milhões de imigrantes ilegais nos próximos três anos e priorizarão as dos delinquentes e daqueles chegados mais recentemente ao país de forma ilegal. EFE

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