Obama deixa Etiópia e finaliza viagem de quatro dias pela África Oriental
Adis-Abeba, 28 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixou a Etiópia nesta terça-feira e pôs fim a uma viagem de quatro dias na qual também visitou o Quênia, a terra natal de seu pai, para tratar de assuntos comerciais, de segurança e de direitos humanos.
O Air Force One, o avião presidencial, decolou por volta das 16h local (10h, em Brasília) do aeroporto internacional Bole de Adis-Abeba, onde esteve acompanhado por uma comitiva liderada pelo primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn.
Antes de deixar o país, Obama pronunciou o primeiro discurso de um presidente americano perante a União Africana, no qual elogiou o respeito aos direitos humanos como fator inerente ao progresso.
Em entrevista coletiva realizada ontem junto com Desalegn, Obama pediu ao governo etíope que dê “mais espaço a jornalistas e vozes da oposição” para reforçar os avanços conseguidos nos últimos anos e agradeceu o sacrifício realizado pelo Quênia, Uganda e Etiópia na luta contra o grupo jihadista Al Shabab na Somália.
A crise do Sudão do Sul foi outro assuntos que centraram a visita de Obama, e o líder americano advertiu ao governo e aos rebeldes sul-sudaneses que, se não chegarem a um acordo antes de 17 de agosto, adotará todas as medidas que forem necessárias “para exercer pressão” e que assinem a paz.
Durante sua estadia no Quênia, Obama pôs grande ênfase na necessidade dos africanos pegarem as rédeas de seu próprio futuro e deixarem de buscar “a salvação” no exterior e de culpar outros pelos problemas do continente.
O presidente americano, que no fim de semana inaugurou a Cúpula Global de Empreendedores de Nairóbi, também mostrou sua preocupação pela discriminação sofrida pelas mulheres, que são consideradas “cidadãs de segunda”, e os homossexuais, que são “maltratados” por seus próprios governos só “porque são diferentes”.
A última vez que Obama fez uma viagem pelo continente africano foi em 2013, quando se deslocou ao Senegal, África do Sul e Tanzânia durante seis dias para reforçar o compromisso dos EUA com o crescimento econômico do continente. EFE
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