Obama diz que China cogita participar de acordo comercial TPP

  • Por Agencia EFE
  • 03/06/2015 21h24
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Washington, 3 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira que a China começou a cogitar a possibilidade de participar do projeto do Acordo de Associação Transpacífico (TPP), um acordo comercial que em seu esquema atual reunirá 12 países da região do Pacífico.

“(Os chineses) já começaram a medir o terreno sobre a possibilidade de participar em algum momento”, disse Obama em uma entrevista ao programa da rádio pública “Marketplace”.

Um dos grandes argumentos de Obama para defender o TPP é que é necessário que os Estados Unidos contribuam para fixar as regras comerciais na região da Ásia e do Pacífico porque, caso contrário , será a China que dará as cartas.

Assinado em 2005 por Chile, Brunei, Nova Zelândia e Cingapura, o TPP tem atualmente oito países (Estados Unidos, Austrália, Canadá, Japão, Malásia, México, Peru e Vietnã) prestes a fazer parte do grupo.

Esses 12 países concentram 40% da economia mundial, e se a China decidir se somar ao acordo, reforçaria substancialmente o que já se projeta como o tratado comercial mais extenso da história.

A perspectiva de a China entrar no acordo pode agitar as críticas nos Estados Unidos a ele, especialmente em torno da preocupação da transferência de postos de trabalho americanos a esse país.

Essa possibilidade também pode aumentar a pressão para que sejam incluídas no TPP restrições relacionadas à manipulação de divisas, a que o governo americano se opõe, o que puniria países que mantêm sua moeda artificialmente desvalorizada para potencializar suas exportações, como a China fez no passado.

Obama argumentou hoje que, se a China se somar ao TPP no futuro, terá que aceitar os padrões de direitos trabalhistas e de proteção ambiental acordados entre os 12 países que já estão negociando.

E acrescentou que, se finalmente Pequim desistir de entrar e outras economias da região se comprometerem com esses padrões e com a proteção da propriedade intelectual, “então a China, pelo menos, vai ter de levar em conta essas normas internacionais”. EFE

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