Obama diz que conflitos sectários são “imã” para extremistas e devem acabar
Washington, 19 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta quinta-feira o fim dos conflitos e lutas sectárias, que afirmou serem um “imã” para os terroristas, e pediu ainda “mais vozes de tolerância e paz”, especialmente na internet.
Obama fez um discurso no Departamento de Estado diante de representantes de mais de 60 países, durante a última jornada da Cúpula contra o Extremismo Violento e, assim como ontem, reiterou a importância de erradicar a “mentira” de que os Estados Unidos e Ocidente estão “em guerra com o islã”.
Segundo Obama, é fundamental na luta global contra os extremistas abordar as questões políticas e econômicas que levam principalmente os jovens a se sentirem “presos” em comunidades pobres, o que os transforma no alvo perfeito para serem recrutados por grupos radicais.
“O nexo é inegável. Quando as pessoas estão oprimidas e são negados os direitos humanos, especialmente por causas sectárias ou étnicas, e quando se silencia a dissidência, se alimenta o extremismo violento. Se cria um ambiente propício para que os terroristas o explorem”, argumentou o presidente.
Por isso, Obama afirmou que os problemas políticos e econômicos devem ser levados a sério e feitos esforços contra a corrupção, a favor da expansão da educação, especialmente entre meninas e mulheres, e em prol da liberdade religiosa.
O presidente disse que é necessário “romper os ciclos de conflito”, especialmente sectários, e deu como exemplo a situação no Iraque e Síria, onde prometeu que a coalizão internacional criada contra o Estado Islâmico (EI) seguirá combatendo o grupo jihadista.
Além disso, Obama afirmou que as missões antiterroristas no Afeganistão continuarão para eliminar aos “remanescentes” da Al Qaeda, e que os Estados Unidos realizarão operações similares, quando for necessário, em países como Iêmen e Somália.
Grupos como o EI e a Al Qaeda estão “desesperados por legitimidade”, e por isso é fundamental rejeitar em nível global que estas organizações “representem o islã”, disse Obama.
Segundo sua opinião, é preciso impulsionar um maior diálogo entre países e entre culturas, “para construir e fortalecer pontes de comunicação e confiança”.
“Estamos todos no mesmo barco. Temos que nos ajudar mutuamente”, enfatizou.
Organizada pela Casa Branca, a cúpula contra o Extremismo Violento tem como objetivo unir esforços para evitar a radicalização e o recrutamento de indivíduos, especialmente jovens, por parte de organizações como o EI. EFE
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