Obama diz que duplicar tropas dos EUA no Iraque marca “nova fase” contra EI
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou que sua decisão de duplicar o número de tropas em solo iraquiano para trabalhos de auxílio e treinamento marca “uma nova fase” na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), disse em entrevista à emissora “CBS” neste domingo (9).
No entanto, o presidente americano insistiu que em hipótese alguma os soldados entrarão no campo de batalha.
Segundo detalhou, os ataques aéreos que da coalizão internacional no Iraque e na Síria, liderados pelas forças americanas, estão sendo “muito eficazes” para conter o avanço dos jihadistas e chegou um momento em que “é possível efetuar certa ofensiva”.
“Agora o que necessitamos é que as tropas de terra, as tropas terrestres iraquianas, possam começar a empurrar de novo”, acrescentou.
Apesar de descartar que os EUA tenham militares lutando em terra, Obama não descartou enviar mais tropas.
“Como comandante-chefe, nunca vou dizer nunca”, disse.
A decisão de Obama, anunciada nesta sexta-feira, que amplia o contingente americano para três mil soldados em território iraquiano, despertou a preocupação sobre a possibilidade de os EUA voltarem a se envolver em uma guerra terrestre, mas o governo insistiu várias vezes que os soldados não desempenharão um papel de combate.
Os militares americanos trabalharão nas instalações das Forças de Segurança iraquianas situadas nos arredores da capital, Bagdá, e da cidade curdo-iraquiana de Erbil.
Em paralelo, a Casa Branca solicitou US$ 5.600 milhões adicionais ao Congresso para combater o EI, pedido que inclui US$ 1.600 milhões para estabelecer um fundo com o objetivo de treinar e equipar o Exército iraquiano e as forças curdas, “já que trabalham com o governo do Iraque para enfrentar” os jihadistas.
Os EUA lideram uma operação de ataques aéreos que começaram em setembro e são realizados com uma ampla coalizão internacional contra os jihadistas no Iraque.
Embora a princípio as forças americanas tenham limitado os bombardeios contra o EI ao Iraque, em 22 de setembro começou a liderar também uma ofensiva contra as bases jihadistas na Síria.
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