Obama diz que Estado Islâmico “não fala em nome do Islã” e será destruído

  • Por EFE
  • 07/12/2015 07h44
EFE/EPA/SAUL LOEB/POOL Presidente dos EUA Barack Obama faz raro discurso à nação desde o Salão Oval

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou neste domingo que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) “não fala em nome do Islã” e prometeu sua destruição, afirmando que “a liberdade é mais poderosa que o medo”.

“Destruiremos o Estado Islâmico”, afirmou Obama em discurso desde no Salão Oval da Casa Branca transmitido para a nação para falar de terrorismo, ao ressaltar que seu país está “no lado correto da história” e vencerá o terrorismo jihadista.

Obama qualificou aos membros do EI como “pistoleiros e assassinos” que fazem parte “de um culto à morte”, e pediu para não confundir os radicais com os demais muçulmanos, que – advertiu – também sofrem suas atrocidades.

O presidente americano insistiu que os jihadistas “só representam uma pequena fração de mais de 1 bilhão de muçulmanos no mundo todo”, incluindo milhões de “patriotas americanos muçulmanos que rejeitam sua ideologia de ódio”.

Neste sentido, Obama advertiu que, para ter sucesso na luta contra o EI, é necessário contar com as comunidades muçulmanas como “os aliados mais fortes”, em vez de desdenhá-los com “a suspeita e o ódio”.

Para isso, ressaltou, os líderes muçulmanos de todo o mundo “têm que continuar trabalhando” para rejeitar com decisão e de maneira “inequívoca” a ideologia de ódio que grupos terroristas como EI e Al Qaeda promoveram.

“A ameaça do terrorismo é real, mas vamos superá-lo. Vamos destruir o EI e qualquer outra organização que tente nos causar dano”, asseverou o presidente.

“Nosso sucesso não dependerá de palavras duras, ou do abandono de nossos valores diante do medo. Isso é o que grupos como o EI estão esperando. Em seu lugar, vamos prevalecer por sermos mais fortes e inteligentes, fortes e implacáveis”, acrescentou.

O presidente imprimiu solenidade em seu discurso, ao usar o poder simbólico do Salão Oval como palco para falar ao país, algo muito pouco habitual.

Obama só fez no Salão Oval dois pronunciamentos formais durante sua presidência, a última delas em 2010 para anunciar o fim das operações de combate das tropas dos EUA no Iraque.

O presidente fez o discurso depois do massacre cometido na quarta-feira passada em San Bernardino pelo americano Syed Farook e por sua esposa, a paquistanesa Tashfeen Malik, que entraram em um centro de ajuda para incapacitados e abriram fogo em uma festa que acontecia no local.

O FBI investiga a radicalização dos autores do tiroteio, enquanto o EI assegurou que os agressores eram dois de seus seguidores.

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