Obama e líderes europeus preveem mais sanções contra a Rússia
Washington, 28 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou nesta segunda-feira com os líderes de Alemanha, França, Itália e Reino Unido sobre a crise da Ucrânia e coordenou com eles a possibilidade de decretar novas sanções contra a Rússia por sua contínua entrega de armas aos rebeldes.
O assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Tony Blinken, explicou que Obama debateu “novas ações para que a Rússia cesse seus esforços para desestabilizar a Ucrânia”, entre elas a imposição de sanções setoriais.
Obama falou por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, e por videoconferência com o presidente francês, François Hollande, e com os primeiros-ministros David Cameron, de Grã-Bretanha, e Matteo Renzi, da Itália.
Blinken lembrou que os líderes europeus entendem a necessidade de aprofundar as sanções contra a economia rússia, que podem ter impacto mais negativo na Europa que nos Estados Unidos.
“Definimos que é importante coordenar sanções à Rússia por sua contínua transferência de armas aos rebeldes no leste da Ucrânia, incluindo depois do que houve com o avião” (da Malaysia Airlines, que caiu com 298 pessoas a bordo em uma área controlada pelos separatistas apoiados por Moscou), disse.
“Em absoluta coordenação com a Europa, os Estados Unidos implementarão medidas adicionais próprias”, explicou o assessor de Obama.
Segundo Blinken, a União Europeia (UE) deve aprovar nesta semana sanções “significativas” contra a Rússia que afetarão os setores energético e armamentístico.
O assessor de Obama lembrou que foi detectado um “aumento da postura militar russa na fronteira”, algo que pode ser o prelúdio de uma intervenção militar russa no leste da Ucrânia com a desculpa de realizar uma operação de manutenção da paz.
Além disso, os cinco líderes estiveram de acordo em relação a que os rebeldes ucranianos pró-Rússia devem “permitir o acesso sem restrições à região da queda do voo MH17” da Malaysia Airlines, que foi provavelmente derrubado por um míssil disparado por rebeldes na região de Donetsk.
Blinken considerou que o clima de incerteza que as sanções já aprovadas contra o círculo próximo de Putin estão criando têm dado frutos, e as novas medidas aumentarão ainda mais a pressão sobre a Rússia.
Os EUA garantem que a Rússia está atacando posições ucranianas a partir de seu próprio território, treinando rebeldes na Rússia e entregando aos separatistas de Lugansk e Donetsk “plataformas de lançamento de foguetes, artilharia pesada, tanques, blindados e outros tipos de armamentos”.
“A principal razão desta mudança é que o exército ucraniano está ganhando terreno, e isso levou a Rússia a redobrar seus esforços” para apoiar os separatistas pró-Rússia, explicou o assessor.
O porta-voz adjunto do Pentágono, coronel Steve Warren, acrescentou hoje que os separatistas estão sendo treinados em território russo para serem enviados à Ucrânia para combater. EFE
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