Obama e Merkel falam pela 1ª vez desde expulsão de chefe da CIA em Berlim
Washington, 15 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou nesta terça-feira por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a cooperação bilateral, em sua primeira conversa desde a expulsão na semana passada do chefe da CIA (agência de inteligência) em Berlim.
“O presidente falou hoje com a chanceler alemã Merkel sobre Ucrânia, Irã e a cooperação entre EUA e Alemanha”, informou em sua conta no Twitter o assessor adjunto para segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes.
Pouco depois, o porta-voz da residência oficial americana, Josh Earnest, indicava em comunicado que Obama e Merkel “trocaram pontos de vista” sobre a cooperação em matéria de inteligência.
“O presidente disse que manteria uma estreita comunicação sobre formas de melhorar a cooperação daqui pra frente”, afirmou Earnest.
Além disso, os dois líderes concordaram que a Rússia “deve tomar medidas de forma imediata para reduzir a tensão no leste da Ucrânia”.
Merkel e Obama consideram que Moscou deve respaldar uma cessação bilateral das hostilidades, um roteiro para o diálogo sob o auspício da Organização para a Cooperação e Segurança Europeia (OSCE) e o estabelecimento de um mecanismo de supervisão da fronteira entre Rússia e Ucrânia por parte da OSCE.
Os líderes falaram também sobre as negociações em andamento sobre o programa nuclear iraniano entre Irã e o grupo 5+1 (EUA, China, Rússia, França, o Reino Unido e Alemanha) e o progresso alcançado durante as conversas.
“Estiveram de acordo em que é imperativo que o Irã adote as medidas necessárias para assegurar à comunidade internacional que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos”, disse Earnest.
As relações entre Washington e Berlim atravessam momentos complicados depois que a procuradoria alemã prendeu neste mês um espião alemão acusado de atuar como agente duplo para Washington.
Além disso, a procuradoria federal anunciou na semana passada que estava investigando uma pessoa que trabalha no Ministério da Defesa alemão perante a possibilidade que tenha vazado informação aos serviços secretos dos EUA.
Os reiterados casos de espionagem levaram à Alemanha a pedir ao chefe da CIA na embaixada dos EUA em Berlim que deixasse o país. A Casa Branca evitou comentar sobre esses dois casos por estarem relacionados com atividades de inteligência. EFE
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