Obama: EUA farão sua parte, mas Iraque deve se esforçar para resolver crise

  • Por Agencia EFE
  • 13/06/2014 14h53

Washington, 13 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos farão sua parte para ajudar a interromper o avanço dos extremistas no Iraque, mas pediu às autoridades de Bagdá um esforço para resolver politicamente a crise.

“Ninguém tem interesse em ver os terroristas obterem uma base estável dentro do Iraque e ninguém vai se beneficiar com um Iraque mergulhado no caos. Por isso, os Estados Unidos farão sua parte, mas é preciso entender que em última instância depende dos iraquianos resolver seus problemas”, acrescentou Obama.

Obama esclareceu que as tropas dos EUA “não voltarão a combater no Iraque”, mas deixou a porta aberta para outras opções militares, entre elas ataques aéreos seletivos.

O presidente americano disse em discurso realizado nos jardins da Casa Branca que está analisando opções com sua equipe de segurança, mas será necessário que os iraquianos se comprometam a colocar de lado as diferenças sectárias entre sunitas e xiitas.

Segundo o governante, a decisão de uma possível ação militar “levará vários dias” para ser tomada, pois é preciso analisar a informação dos órgãos de inteligência e falar com o governo do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, para que “essas ações sejam precisas”.

“Os Estados Unidos não vão se envolver em uma ação militar à revelia de um compromisso político que leve as partes a trabalharem juntas no Iraque”, disse Obama.

O governo iraquiano, do xiita Maliki, pediu a Washington apoio aéreo para frear os avanços da milícia extremista sunita do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que também atua na guerra civil síria.

Os Estados Unidos ocuparam o Iraque em 2003 e pouco depois derrubaram o ditador Saddam Husseim, que reprimiu os xiitas durante anos.

O então presidente George W. Bush acabou toda as instituições estatais do país, o que estimulou uma guerra sectária entre sunitas, xiitas (maioria no país) e curdos.

Após um aumento da pressão militar, os Estados Unidos conseguiram estabilizar a situação no país e promover a formação de um governo, a quem ajudou com treinamento militar e armamento.

Obama, que chegou à presidência com a promessa de sair do Iraque, retirou todas as tropas do país no final de 2011, movimento duramente criticado por alguns republicanos. EFE

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