Obama fala com Putin sobre a Síria e a segurança dos Jogos de Sochi

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2014 21h46
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Washington, 21 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu nesta terça-feira “ajuda plena” ao líder russo, Vladimir Putin, para melhorar a segurança nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em uma conversa na qual abordaram a situação na Síria às vésperas da conferência Genebra II.

Segundo confirmou a Casa Branca em comunicado, Obama e Putin discutiram como melhorar a segurança nos Jogos de Inverno na cidade russa.

Os dois líderes trataram também vários assuntos bilaterais e globais, “incluídos os preparativos para a convenção de Genebra II e o programa internacional em curso para eliminar e destruir as armas químicas da Síria”.

“Falaram da cooperação russo-americana no processo G5+1 sobre o Irã e o início desta semana da aplicação do Plano de Ação Conjunto, que freará o progresso no programa nuclear do Irã e tratará aspectos fundamentais”, acrescenta a nota.

Além disso, os líderes decidiram trabalhar em medidas concretas para aumentar o comércio e o investimento entre os dois países.

Rússia e EUA chegam à conferência que será realizada na cidade suíça de Montreux com posturas comuns no que se refere ao apoio ao Comunicado de Genebra, que incorpora a criação de um governo provisório para dirigir a transição democrática na Síria.

A dúvida radica na interpretação que isso pressuponha que o presidente sírio, Bashar al Assad, abandone voluntariamente o poder, algo que não parecem dispostos a admitir nem ele nem seus aliados iranianos.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, viajou hoje a Montreux para se reunir com seus colegas dos EUA, John Kerry, e da Síria, Walid Muallem, e participar da conferência conhecida como Genebra II.

Em entrevista coletiva, Lavrov afirmou hoje que a decisão do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de retirar no último momento o convite ao Irã à conferência de paz sobre a Síria “é um erro, mas não é nenhuma catástrofe”.

Lavrov lembrou que até Kerry “reconheceu que o Irã deve desempenhar um papel-chave na etapa inicial da conferência”.

Além disso, ressaltou que os objetivos da Coalizão Nacional Síria, o grupo opositor que exigiu que o Irã não comparecesse à conferência para que Genebra II conduza a uma mudança de regime na Síria, não coincidem com o estipulado nas negociações russo-americanas. EFE

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