Obama faz alerta sobre a debilidade da economia europeia

  • Por Agencia EFE
  • 03/12/2014 18h51
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Washington, 3 dez (EFE).- A debilidade da economia europeia é motivo de preocupação para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que, apesar das críticas feitas nesta quarta-feira, destacou os avanços conquistados na Espanha e na França após a realização de reformas estruturais.

“Minha preocupação é que, por não vivermos uma crise financeira e os mercados estarem relativamente tranquilos, não estamos prestando atenção suficiente à fraqueza geral da economia europeia”, disse Obama durante uma reunião com líderes empresariais do país.

O presidente americano também se referiu ao debate aberto sobre a economia no continente por causa da crise entre as medidas de austeridade, promovidas especialmente pela Alemanha, e o desejo da adoção de políticas fiscais mais flexíveis entre os países do sul da Europa.

“Espanha e França realizaram reformas estruturais muito importantes, mas não fizeram tudo o que tinha que ser feito quanto à flexibilização as leis trabalhistas, por exemplo. Mas estão alcançando avanços em muitas dessas questões”, acrescentou.

No terceiro trimestre do ano a economia da zona do euro registrou um modesto crescimento de 0,2%. A alta foi impulsionada pelo desempenho da Grécia, da Espanha e da França. Mas não foi maior por causa da Alemanha, que, apesar de pouco ter influenciado no índice, entrou em recessão técnica.

De acordo com o presidente americano, frente a esse panorama global, os EUA devem seguir consolidando sua liderança econômica para não correr o perigo de retrocederem, pressionados pela debilidade econômica de outras regiões.

Obama também se referiu às economias do Japão e dos emergentes, citando o Brasil como exemplo de país em que o governo reconhece a necessidade de expandir a economia mais rapidamente.

No entanto, Obama se disse otimista sobre o atual momento da economia americana, que registrou a maior expansão no semestre desde 2003, e destacou que o setor privado criou 10,6 milhões de novos empregos nos últimos 56 meses.

Além disso, pela primeira vez em seis anos, a taxa de desemprego entre abril e setembro ficou abaixo de 6%. EFE

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