Obama felicita povo ucraniano por eleições e reitera ajuda a Kiev

Washington, 25 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parabenizou neste domingo o povo ucraniano por “fazer com que se ouçam suas vozes” depois do encerramento das eleições presidenciais, e ofereceu ajuda ao novo presidente, que segundo as primeiras estimativas será o magnata Petro Poroshenko.

“Apesar das provocações e da violência, milhões de ucranianos foram às urnas em todo o país, e inclusive em partes do leste da Ucrânia, onde grupos separatistas apoiados pela Rússia tentaram de privar de direitos a regiões inteiras, alguns ucranianos corajosos ainda foram capazes de emitir seu voto”, disse Obama em comunicado.

“Felicitamos a determinação de todos os que participaram, assim como os esforços do governo da Ucrânia para realizar estas eleições frente a essas ameaças”, acrescentou o líder.

O presidente americano ressaltou o valor do povo ucraniano e seu desejo “demonstrado em várias ocasiões” de escolher seus dirigentes “sem interferência” e “de viver em uma democracia onde possam determinar seu próprio futuro livre de violência e de intimidação”.

“Essa eleição é outro passo importante nos esforços do governo da Ucrânia para unir o país e chegar a todos os cidadãos para garantir que suas preocupações sejam abordadas e suas aspirações sejam satisfeitas”, acrescentou.

Obama afirmou que os Estados Unidos “esperam com interesse trabalhar com o próximo presidente, assim como o parlamento eleito democraticamente, para apoiar os esforços da Ucrânia para sancionar reformas políticas e econômicas importantes”.

O líder reiterou que seu governo continuará apoiando a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, assim como condena e rejeita “a ocupação da Rússia e a tentativa de anexação da Crimeia”, e mantém seu compromisso para trabalhar com Kiev e com outros aliados internacionais para achar uma solução para o conflito que vive a região.

Segundo as três pesquisas de boca de urna, Poroshenko ganhou as eleições com entre 55,7% e 57,3% dos votos, muito à frente da ex-primeira-ministra, Yulia Tymoshenko.

Poroshenko, que já participou ativamente na sangrenta Revolução Laranja de 2004, foi o principal patrocinador dos protestos do Euromaidán que desencadearam distúrbios e na derrocada do presidente Viktor Yanukovich. EFE