Obama justifica troca de réus: “é o que acontece quando acaba uma guerra”
Varsóvia, 3 jun (EFE).- O presidente americano, Barack Obama, definiu nesta terça-feira de “correta” sua decisão de facilitar a libertação do sargento Bowe Bergdahl, sequestrado em 2009 no Afeganistão, e transferir cinco presos de Guantánamo para o Catar: “isso é o que acontece quando acaba a guerra”, afirmou.
“Não abandonamos um homem ou uma mulher uniformizados”, manifestou Obama em entrevista coletiva em Varsóvia ao ser perguntado sobre a polêmica que cerca a troca de presos.
Segundo explicou, se tinha consultado o assunto com o Congresso e em um momento dado se viu a possibilidade de efetuar a troca, uma “oportunidade” que deveria ser aproveitada.
Diante do risco que pode representar a saída dos presos de Guantánamo, Obama confiou em que o Catar os manterá vigiados e assegurou também que os Estados Unidos “não os perderá de vista” e poderá evitar que retomem suas atividades criminosas.
“Fizemos o certo”, insistiu Obama, que afirmou que não teria tomado essa decisão se tivesse vulnerado a segurança nacional.
À margem das circunstâncias nas quais se produziu a libertação, é preciso levar em conta que foi possível a volta para casa de um soldado americano, reiterou.
O sargento Bowe Bergdahl, apontou, está sendo submetido a controles e ainda não voltou com sua família.
Após cinco anos nas mãos dos talibãs, a “transição” para sua antiga vida será longa, disse Obama lembrando que se trata de uma lição que os EUA já aprenderam no Vietnã. EFE
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